Crise de coligação na Alemanha: CDU e SPD em jogo decisivo!

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A CDU, a CSU e o SPD continuam a negociar para formar uma nova coligação. Detalhes e desafios são o foco das discussões.

Crise de coligação na Alemanha: CDU e SPD em jogo decisivo!

As negociações de coligação entre a CDU, a CSU e o SPD estão a entrar na fase decisiva. Na segunda-feira à noite, as discussões sobre uma nova “grande” coligação continuarão, como relata [oe24]. Esta decisão surge na sequência de uma ronda de negociações que decorreu no sábado no edifício do SPD. O líder do grupo regional da CSU, Alexander Dobrindt, enfatiza que rodadas menores devem ajudar a resolver os problemas. Embora os detalhes do conteúdo das negociações não tenham sido publicados, Dobrindt está otimista e fala em progresso.

Os negociadores dos principais partidos sentaram-se juntos durante quase cinco horas no sábado. A vice-líder da CDU, Kathrin Prien, expressou-se positivamente sobre os resultados das conversações e a necessidade de encontrar uma “linha ampla para soluções”. Os resultados dos 16 grupos de trabalho que têm trabalhado nestas questões desde 13 de Março são de importância central nas negociações da coligação.

Desafios das negociações

O principal grupo de negociação é composto por 19 representantes importantes de ambos os lados, incluindo os líderes partidários Friedrich Merz (CDU), Markus Söder (CSU), Lars Klingbeil e Saskia Esken (SPD). Merz tem grandes expectativas em relação às negociações e pretende um acordo de coligação até à Páscoa. No entanto, ele reconhece que essas conversas levam tempo para produzir resultados de qualidade. Na opinião de Merz, é urgentemente necessária uma mudança na política económica e de migração.

Um ponto central de discórdia é a política financeira. A União quer proporcionar benefícios fiscais para quem ganha mais, enquanto o SPD defende o aumento da taxa máxima de imposto. Existem também diferenças no que diz respeito ao imposto sobre as sociedades: embora a União ambicione uma redução a partir de 2026, o SPD apenas planeia ajustamentos mínimos a partir de 2029. As negociações da coligação mostram que as diferenças na política fiscal e na política de migração permanecem.

Restrições e liquidações financeiras

Os negociadores sublinham que os recursos financeiros são limitados. Esken explica que muitos desejos foram expressos, mas a realidade tem limites. Merz alerta contra a ilusão de gastos ilimitados através de novas dívidas. Está actualmente a ser discutido um pacote de dívida de 500 mil milhões de euros para investimentos em infra-estruturas. Os negociadores devem demonstrar as suas competências para implementar as mudanças políticas anunciadas.

As negociações estão sob alta pressão, uma vez que a credibilidade de Merz dentro do seu próprio partido e entre os eleitores foi prejudicada. Ainda faltam três semanas para a Páscoa, durante as quais os principais negociadores da CDU, CSU e SPD serão obrigados a chegar a um acordo. No entanto, espera-se que Merz tome posse como chanceler no início de Maio, e não na semana seguinte à Páscoa, sublinhando a urgência das conversações.

Contudo, as negociações da coligação não são caracterizadas apenas por disputas financeiras. Existem também opiniões diferentes entre as partes sobre questões como os níveis de pensões, a utilização de motores de combustão e o debate sobre o recrutamento, o que torna o acordo ainda mais difícil. Os próximos dias e semanas serão cruciais para remodelar o cenário político da Alemanha, como [tagesschau] e [ZDF] deixam claro.