Vance: A guerra na Ucrânia não terminará logo após o acordo mineral dos EUA
Após a conclusão de um importante acordo mineral entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o vice-presidente Vance disse que a guerra na Ucrânia não terminaria tão cedo. Ele lançou um olhar crítico sobre as negociações de paz.

Vance: A guerra na Ucrânia não terminará logo após o acordo mineral dos EUA
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, comentou recentemente sobre o conflito na Ucrânia, observando que a guerra “não terminará tão cedo”. Isto ocorreu poucas horas depois da assinatura de um importante acordo mineral entre Washington e Kiev, que visa, entre outras coisas, a paz na Ucrânia.
Desenvolvimentos de guerra e negociações de paz
Em declarações à Fox News na quinta-feira, Vance suavizou as declarações otimistas da Casa Branca. Ele também enfatizou que o presidente dos EUA, Donald Trump, conseguiu um “grande avanço” no processo de paz. "Cabe a eles (Ucrânia e Rússia) chegar a um acordo e pôr fim a este conflito brutal. Ele não irá simplesmente desaparecer", disse Vance.
Críticas à situação atual
"É claro que os ucranianos estão zangados porque foram atacados. Mas será que realmente continuaremos a perder milhares de soldados apenas para defender alguns quilómetros quadrados de terra? Espero que ambos os lados caiam em si", continuou o vice-presidente.
O papel de Trump e tentativas de acordo
Trump observou na semana passada que a Rússia e a Ucrânia estavam “muito perto de um acordo” depois do seu enviado especial, Steve Witkoff, ter conversado durante três horas com Putin no Kremlin. As conversações para acabar com a guerra, que Trump tinha prometido anteriormente 24 horas após a posse, estagnaram em grande parte, apesar de várias reuniões de alto nível e de pelo menos dois telefonemas diretos entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin.
Moscou e o cessar-fogo
Moscovo continua a recusar-se a concordar com o acordo de cessar-fogo de 30 dias proposto pelos EUA, com o qual a Ucrânia também concordou. O Kremlin também apela a que os territórios ucranianos adquiridos à força sejam reconhecidos como parte da Rússia, o que subverteria as leis internacionais. Entretanto, a Rússia continua a sua agressão brutal contra a Ucrânia, bombardeando quase diariamente cidades a centenas de quilómetros das linhas da frente.
O valor das conversas
Vance explicou que o simples facto de estarem em curso negociações representa uma vitória. “Realmente não creio que qualquer pessoa – dos 8 mil milhões de pessoas no mundo – poderia ter feito este acordo acontecer, exceto Donald J. Trump. Quando falo sobre este acordo, quero dizer levar estas duas partes a um acordo de paz sério”, continuou o vice-presidente.
O cessar-fogo unilateral de Putin
No início desta semana, Putin anunciou um cessar-fogo unilateral de três dias na Ucrânia, de 8 a 11 de maio. Como resultado, a administração Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiteraram os apelos a uma paz duradoura. Entretanto, a administração Trump oscila entre culpar Moscovo e Kiev pela falta de progresso.
As declarações controversas de Zelenskyj
Na semana passada, Trump criticou Zelensky pelos seus comentários de que a Ucrânia não reconheceria o controlo russo sobre a Crimeia, que foi ilegalmente anexada por Moscovo em 2014. Trump chamou esses comentários de "muito prejudiciais para as negociações de paz com a Rússia", acrescentando: "Tais declarações inflamatórias tornam tão difícil acabar com esta guerra. A situação para a Ucrânia é grave - ele pode ter paz ou pode continuar a lutar durante três anos antes de perder todo o país".
Desenvolvimentos em torno das negociações de paz
No sábado, depois de falar com Zelensky no funeral do Papa Francisco, Trump questionou se Putin “talvez... não queira que a guerra acabe”. A administração Trump ameaçou repetidamente abandonar as negociações. Mais recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que Trump poderá ter de reavaliar os seus esforços para chegar a um acordo de paz se não se observarem progressos nos próximos dias.
Kaanita Iyer e Kostya Gak da CNN contribuíram para este artigo.