Itália em crise: Campos de refugiados vazios na Albânia após decisão judicial!

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A Itália tem de aceitar refugiados da Albânia depois de uma derrota legal, enquanto o controverso “modelo albanês” é criticado.

Itália em crise: Campos de refugiados vazios na Albânia após decisão judicial!

Num ponto de viragem dramático para o governo italiano sob a liderança do primeiro-ministro Giorgia Meloni, um tribunal de Roma decidiu que a detenção de migrantes num campo fora da UE é ilegal. Isto levou a que a Itália tivesse novamente de aceitar refugiados de um campo na Albânia. Na sexta-feira, sete homens do Bangladesh e do Egito que estavam num voo perigoso para a Europa foram levados para a cidade portuária de Brindisi num navio da guarda costeira italiana. Esta decisão representa um grande revés para o controverso “modelo albânico” de Meloni, que visa processar pedidos de asilo num país não pertencente à UE.

Os migrantes já tinham sido detidos perto da ilha de Lampedusa antes de serem levados para a Albânia, onde se esperava que as autoridades italianas decidissem sobre os seus pedidos de asilo. Mas o poder judicial já rejeitou os pedidos em cinco casos e o repatriamento dos homens foi interrompido – outro exemplo das dificuldades que o governo italiano enfrenta. Nas últimas semanas, 16 devoluções semelhantes já foram impedidas pela Justiça. Entretanto, as perigosas travessias através do Mediterrâneo continuam inabaláveis, com centenas de refugiados a chegarem à costa italiana todas as semanas.

Armazéns vazios e disputas legais

O “modelo da Albânia” está agora à beira do abismo. Os dois campos que a Itália opera na Albânia estão atualmente vazios, exceto o pessoal. O futuro destes campos é incerto, uma vez que o caso está agora perante o Tribunal de Justiça Europeu no Luxemburgo e o mais alto tribunal de Itália está a deliberar sobre o assunto. O confronto entre o governo de Meloni e o poder judicial evoluiu para uma disputa acalorada que poderá ter efeitos de longo alcance na política de asilo em Itália e possivelmente noutros países da UE. Embora o governo planeie processar até 36.000 pedidos de asilo anualmente na Albânia, resta saber se este modelo poderá resistir, dados os desafios legais.

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