Governo húngaro de Orbán sob pressão: a UE procura consequências!

Transparenz: Redaktionell erstellt und geprüft.
Veröffentlicht am

A Hungria tem sido criticada pela UE há anos por violações do Estado de direito e dos direitos humanos. O artigo destaca a forma como as sanções financeiras e os procedimentos do artigo 7.º são utilizados para exercer pressão sobre Budapeste e garantir a protecção dos valores europeus.

Governo húngaro de Orbán sob pressão: a UE procura consequências!

Em 18 de março de 2025, o governo húngaro causou novamente agitação quando a proibição planejada da Parada do Orgulho LGBT em Budapeste gerou fortes críticas. O porta-voz LGBTIQ da NEOS Viena, Thomas Weber, descreveu a proibição como um ataque direto aos valores fundamentais da União Europeia e aos direitos da comunidade queer. “Isso mostra mais uma vez que Viktor Orbán está atropelando os princípios democráticos”, explicou Weber. Alertou para as consequências reais de tal acção autoritária, que põe em perigo não só a liberdade de reunião, mas também os direitos humanos. Weber apelou à União Europeia para que tomasse medidas claras para combater de forma decisiva este ataque.

Resposta da UE e Estado de direito

Como indicam outros relatórios, a Hungria desviou-se significativamente dos princípios básicos da UE desde o início da década de 2010, especialmente no que diz respeito à adesão aos padrões democráticos. Estes desvios não estão apenas a causar tensões com Bruxelas, mas também levaram ao bloqueio de mais de 30 mil milhões de euros em financiamento da UE para a Hungria. Isto inclui uma quantia significativa que foi congelada devido a violações do Estado de direito. De acordo com a análise de Kateryna Rassolova, o governo húngaro tomou medidas específicas para expandir o seu controlo político sobre o sistema judiciário e os meios de comunicação social, o que levou a processos judiciais em curso na UE.

O governo húngaro também bloqueia repetidamente a ajuda financeira à Ucrânia, o que põe à prova a solidariedade dentro da UE. Estes bloqueios de mais de 9 mil milhões de euros em medidas de apoio são sintomáticos da abordagem estratégica da Hungria de utilizar o direito de veto como meio de pressão. O objectivo destas tácticas parece ser extorquir concessões à UE, o que perturba significativamente a tomada de decisões dentro da comunidade. Neste contexto, o apoio europeu aos direitos da comunidade queer na Hungria torna-se ainda mais urgente, uma vez que a defesa dos valores democráticos é mais necessária do que nunca. Como concluiu Weber, “a liberdade, a diversidade e o respeito devem ser defendidos diariamente, tanto na Hungria como no mundo”.