Merz: Partida para a chancelaria ou sombra de engano eleitoral?
Friedrich Merz, o novo líder da CDU, está prestes a ser eleito chanceler. Acordo de coligação com o SPD promete reformas económicas.
Merz: Partida para a chancelaria ou sombra de engano eleitoral?
Friedrich Merz, o novo líder da CDU, de 69 anos, está prestes a ser eleito o décimo chanceler da República Federal da Alemanha. No panorama político, o acordo de coligação entre a CDU e o SPD já foi finalizado, o que representa um passo significativo rumo à chancelaria de Merz. As eleições para o Bundestag deverão ocorrer no início de maio de 2025, mas Merz tomará posse sem um voto de confiança. Isto é ainda mais notável porque as pesquisas classificam a confiança em sua chancelaria como baixa vol.at relatado.
Merz também enfrenta desafios crescentes: a AfD está a reforçar a sua posição nas sondagens, enquanto o seu próprio apoio entre a base da CDU é considerado frágil. Ele é criticado sobretudo por acomodar demais o SPD na coalizão. O seu regresso político é especial porque, após um período nos negócios, foi eleito líder da CDU em 2022, depois de ter falhado em 2018 e 2021. A carreira política de Merz começou cedo e, entre 1989 e 2009, ocupou vários cargos, incluindo como líder da oposição no Bundestag e membro do Parlamento Europeu.
Acordo de coalizão com o SPD
O acordo de coligação recentemente concluído intitula-se “Responsabilidade pela Alemanha” e pretende servir de base para uma recuperação económica ZDF. Merz enfatiza a necessidade de muitas medidas visarem a poupança. A fim de reconquistar a confiança da população, estão previstas medidas para criar um novo ministério para a digitalização e modernização do Estado, bem como reformas nas áreas de redução de impostos e fortalecimento económico. Limitar a migração também está na agenda.
Uma mudança particularmente importante na política de migração é a abolição da turbonaturalização após três anos e a suspensão do reagrupamento familiar para refugiados com estatuto de protecção limitado, enquanto o direito fundamental ao asilo permanece intocado. Na área da segurança interna, os parceiros da coligação também planeiam novos regulamentos para o armazenamento de endereços IP pelos fornecedores de telecomunicações durante três meses.
Distribuição de ministros e perspectivas econômicas
A distribuição dos ministros mostra uma clara divisão de departamentos entre CDU, SPD e CSU. A CDU recebe o Itamaraty, o Ministério da Economia, o Ministério da Saúde e outros departamentos importantes, enquanto o SPD ocupa os Ministérios da Fazenda, da Defesa e da Justiça. O chefe da CSU, Markus Söder, considerou o acordo um sucesso significativo. No entanto, as reformas pretendidas por Merz não estão isentas de desafios, especialmente tendo em conta a necessidade de mudanças fundamentais na política de pensões, que só foram continuadas há seis anos.
Merz afirmou que não tem medo de um ministro das finanças do SPD. Ele garante que decisões com impacto financeiro serão tomadas no gabinete. Isto é visto como um passo importante para promover a cooperação entre as partes e estabilizar o governo. As negociações para aprovação do acordo de coligação entre as partes estão previstas para serem concluídas em 28 e 29 de abril, seguidas de assinatura em 30 de abril.
As próximas semanas serão cruciais para ver se Merz e o seu governo conseguirão reconquistar a confiança dos cidadãos e se as reformas planeadas serão realmente implementadas. O Jornal do sul da Alemanha salienta que Merz reconhece o acordo de coligação como um compromisso forte e pretende realizar progressos significativos em vários domínios, a fim de permitir um desenvolvimento económico positivo.