Críticas aos planos de vigilância: liberdade e proteção de dados em risco!

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O Partido da Liberdade e os Verdes criticam a proposta de vigilância do governo no Comité do Interior. Preocupações com direitos fundamentais e abusos.

Freiheitliche und Grüne kritisieren im Innenausschuss die Überwachungsvorlage der Regierung. Bedenken zu Grundrechten und Missbrauch.
O Partido da Liberdade e os Verdes criticam a proposta de vigilância do governo no Comité do Interior. Preocupações com direitos fundamentais e abusos.

Críticas aos planos de vigilância: liberdade e proteção de dados em risco!

Na Comissão do Interior de hoje houve críticas claras à proposta do governo de monitorização de mensageiros e potenciais ameaças. O porta-voz de segurança do FPÖ, Gernot Darmann, descreveu as medidas como uma “invasão desproporcional aos direitos fundamentais”. Lembrou que a regulamentação prevista já havia sido fortemente criticada no processo de revisão. O deputado verde Süleyman Zorba também expressou preocupações e alertou sobre possíveis oportunidades de abuso que ocorreram em países com medidas de vigilância semelhantes. Ele felicitou o ÖVP por dissuadir os seus parceiros de coligação dos princípios. SPÖ e NEOS já haviam se manifestado contra o uso de “software espião”.

A legislação planeada destina-se a proteger contra ataques graves que ameaçam a constituição e está sujeita a rigorosos requisitos de controlo jurídico e técnico. Está planejado um sistema de proteção jurídica multinível com o Tribunal Administrativo Federal (BVwG) e agentes de proteção jurídica independentes. Dentro do NEOS, vários deputados também se manifestaram contra o regulamento, incluindo o porta-voz constitucional Nikolaus Scherak e a deputada Stephanie Krisper.

Monitoramento e digitalização

A discussão atual sobre vigilância não é uma questão isolada. Pelo contrário, reflecte a evolução geral na Alemanha, onde a digitalização levou a uma maior vigilância por parte das instituições estatais. Em particular, as novas leis policiais permitem a utilização de trojans estatais para espionagem digital, a expansão da videovigilância e o teste de software de reconhecimento facial. A vigilância preventiva das telecomunicações, que pode ser realizada sem qualquer suspeita específica, também faz parte destes regulamentos. No entanto, isto representa riscos para os direitos civis, uma vez que definições vagas como “perigo iminente” podem levar a abusos e interpretações erradas, alertam os especialistas.

Os protestos da sociedade civil por parte de organizações de direitos civis e defensores da protecção de dados estão a aumentar. Estas organizações opõem-se à expansão da vigilância estatal e estão a processar medidas como os trojans estatais. O Tribunal Constitucional Federal impediu a interferência do governo na privacidade no passado, mas o equilíbrio entre segurança e liberdade continua a ser um debate social central.

Situação jurídica e desafios

Na Alemanha, as leis de vigilância são controversas porque afectam a protecção de dados e as liberdades individuais. Leis importantes são a Lei Federal de Proteção Constitucional, a Lei Federal do Serviço de Inteligência e a Lei de Inteligência de Telecomunicações Estrangeiras, cada uma estabelecendo certas regulamentações para vigilância. Os críticos queixam-se de que as leis são demasiado amplas e não protegem adequadamente os direitos fundamentais. Ainda assim, os defensores enfatizam a necessidade de vigilância para garantir a segurança pública.

Os avanços tecnológicos, nomeadamente na área da vigilância digital, colocam novos desafios. Um estudo de 2018 mostra que o conhecimento da vigilância pode mudar o comportamento das pessoas. Além disso, os problemas de protecção de dados causados ​​pela recolha massiva de dados sem suspeitas específicas suscitam preocupações. O futuro das leis de vigilância permanece incerto e dependerá fortemente da resistência política, dos debates sociais e da evolução tecnológica.