Trump não quer assinar declaração do G7 sobre o Irão

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O Presidente Trump não planeia assinar o documento do G7 sobre a desescalada entre Israel e o Irão. Os líderes europeus esperam pela unidade à medida que os conflitos aumentam na região.

Präsident Trump plant nicht, das G7-Dokument zur Deeskalation zwischen Israel und Iran zu unterzeichnen. Europäische Führer hoffen auf Einigung, während Konflikte in der Region zunehmen.
O Presidente Trump não planeia assinar o documento do G7 sobre a desescalada entre Israel e o Irão. Os líderes europeus esperam pela unidade à medida que os conflitos aumentam na região.

Trump não quer assinar declaração do G7 sobre o Irão

CALGARY, Alberta – O presidente Donald Trump não tem intenção de assinar uma declaração conjunta apelando à desescalada entre Israel e o Irão, redigida pelos líderes do G7 no Canadá. A CNN soube disso por meio de uma pessoa familiarizada com o assunto. Ainda assim, as autoridades que prepararam o documento estavam esperançosas de que ele pudesse eventualmente ser persuadido a acrescentar o seu nome.

Conteúdo do projeto de documento

O projecto de documento, apresentado por responsáveis ​​europeus durante a cimeira, diz que Israel tem o direito de se defender e que o Irão não pode adquirir armas nucleares.

Conflitos entre Trump e outros líderes do G7

A decisão de Trump de não se comprometer com a declaração causou tensões imediatas entre os seus homólogos quando a cimeira começou nas Montanhas Rochosas canadianas. Horas antes do início da conferência, ocorreram discussões entre as delegações do G7 sobre a redação do projeto.

Esforços europeus para chegar a consenso

As autoridades europeias, lideradas pelo presidente francês Emmanuel Macron, pelo chanceler alemão Friedrich Merz e pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, esperavam chegar a um consenso sobre a situação no Médio Oriente, juntamente com o anfitrião da cimeira, o primeiro-ministro canadiano Mark Carney. Mas Trump, que questionou a utilidade de organizações multilaterais como o G7, planeia reter a sua assinatura por enquanto, impedindo que as principais democracias do mundo atuem como uma frente unida por enquanto.

Reação da Casa Branca

Um funcionário da Casa Branca disse sobre os planos de Trump para a declaração conjunta: "Sob a forte liderança do Presidente Trump, os Estados Unidos estão de volta para liderar os esforços para restaurar a paz em todo o mundo. O Presidente Trump continuará a trabalhar para impedir que o Irão adquira armas nucleares".

Progressos e incertezas do G7

Um alto funcionário canadiano disse que os líderes delegados do G7 continuarão a trabalhar na elaboração da declaração, com os líderes europeus, em particular, a trabalhar activamente em prol do consenso. "Isto não é um acordo fechado, isto está a ser discutido a nível de liderança. Esperamos que a maior parte destas discussões ocorra na reunião de segurança global esta noite. É demasiado cedo para especular o que irá emergir destas discussões", continuou o responsável canadiano.

Trump e o conflito entre Israel e o Irão

Trump disse na manhã de segunda-feira, antes da cimeira, que acredita que o Irão quer diminuir a escalada do conflito com Israel, enquanto o conflito entre as duas nações está agora no seu quarto dia. “Sim”, respondeu Trump quando questionado pela CNN se tinha recebido quaisquer sinais ou mensagens de intermediários que indicassem que o Irão queria neutralizar o conflito. “Eles gostariam de conversar, mas deveriam ter feito isso antes.”

Ultimato ao Irã

Trump tinha um ultimato de dois meses nesta primavera ao Irão, a fim de chegar a um acordo nuclear ou enfrentar as consequências. Na sexta-feira – o seu 61º dia – Israel lançou um ataque sem precedentes ao Irão, visando o seu programa nuclear e os líderes militares.

Intervenção militar dos EUA e negociações estratégicas

O Presidente dos EUA recusou-se a dizer o que a intervenção militar dos EUA no conflito poderia desencadear. “Não quero falar sobre isso”, disse ele, permanecendo vago quando questionado sobre as informações que os EUA fornecem a Israel. Os homólogos de Trump no G7 planearam pressionar o presidente dos EUA sobre a sua estratégia para lidar com Israel e o Irão, enquanto a escalada do conflito no Médio Oriente ofusca o primeiro dia da cimeira.

Diferenças na abordagem a Putin

Já surgiram diferenças de opinião bem conhecidas entre Trump e Macron sobre o possível papel do presidente russo, Vladimir Putin, como mediador no conflito. Depois de um telefonema com Putin no fim de semana, Trump disse no domingo que acreditava que o líder russo poderia servir como mediador. Macron, no entanto, rejeitou a ideia durante uma visita à Gronelândia, citando a própria violação da Carta da ONU pela Rússia na Ucrânia como a razão pela qual Moscovo não foi considerado um mediador de paz.

Críticas ao G7 e ao papel da Rússia

As diferenças entre os dois homens ficaram claramente visíveis na primeira aparição pública de Trump no G7, na segunda-feira, quando criticou o grupo por excluir a Rússia há 11 anos. Foi um início combativo para o presidente no Canadá, onde se reunirá com outros chefes de estado nos próximos dois dias sobre diversos assuntos.

"Barack Obama e uma pessoa chamada Trudeau não queriam a Rússia nela. E eu diria que isso foi um erro porque penso que não teríamos uma guerra agora se a Rússia estivesse nela", disse Trump durante a sua reunião com Carney. A Rússia foi excluída do então existente G8 em 2014, após a anexação da Crimeia. Justin Trudeau, a quem Trump criticou repetidamente na segunda-feira pela sua decisão de excluir a Rússia, tornou-se primeiro-ministro um ano depois.

“Eles excluíram a Rússia, o que considerei um grande erro, apesar de não estar na política”, disse Trump. Tentar não ter Putin à mesa complica ainda mais as coisas. Quando questionado sobre a participação de Putin, ele disse: “Não estou dizendo que ele deveria estar lá neste momento, porque muita água correu pelo ralo”.

Esta história foi atualizada com novos desenvolvimentos.