Urina de espargos: Por que apenas metade percebe o cheiro!
Saiba por que os aspargos causam um cheiro característico de urina e como os fatores genéticos desempenham um papel.
Urina de espargos: Por que apenas metade percebe o cheiro!
Com o início da época dos espargos, muitas pessoas vivenciam um fenómeno que é constantemente tema de conversa: o cheiro característico de “urina de espargos”. Esse cheiro desagradável geralmente ocorre alguns minutos após a ingestão de aspargos e é resultado de um processo de degradação bioquímica que ocorre em nosso corpo. O principal culpado é o ácido aspártico, encontrado nos aspargos e convertido em compostos contendo enxofre por meio de uma série de reações enzimáticas. Estas substâncias controversas, como o metanotiol, o dimetilsulfureto e o dimetilsulfóxido, entram na urina através dos rins e produzem o cheiro típico que lembra o de vegetais podres.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas percebem esse cheiro. De acordo com oe24.at, cerca de 40 a 50 por cento das pessoas têm uma enzima especial que converte o ácido aspártico em compostos com odor intenso. As demais pessoas não liberam esse ácido ou o liberam apenas minimamente. Além disso, há pessoas que nem percebem esses cheiros devido a uma predisposição genética conhecida como anosmia específica. Essa anosmia pode ser causada por um gene receptor olfatório defeituoso, como o OR2M7.
Genética e percepção do olfato
Um estudo abrangente com quase 7.000 participantes mostrou que 58% dos homens e 61,5% das mulheres notam pouco ou nenhum cheiro depois de comer aspargos. Essas diferenças na percepção são determinadas geneticamente e estão relacionadas a genes variados próximos aos genes dos receptores olfativos, como relata tagesschau.de. No entanto, ainda não está claro se essas pessoas não produzem os compostos químicos ou são simplesmente menos sensíveis a eles. Os resultados destes estudos referem-se apenas às populações europeias, o que limita a generalização para outros grupos étnicos.
O que também é interessante é o facto de os compostos de enxofre produzidos a partir dos espargos serem considerados inofensivos para a saúde. Eles geralmente desaparecem do corpo em poucas horas. Laborpraxis observa que o cheiro não é um sinal de doença subjacente ou intolerância. No entanto, as substâncias contidas podem dever-se a um maior teor de vitaminas e minerais tradicionalmente associados aos espargos.
Os espargos perfeitos
A temporada dos espargos na Alemanha estende-se de abril a junho, quando os espargos frescos são colhidos. Existem diferentes variedades, como os espargos brancos, que são colhidos no subsolo, os espargos roxos e verdes, que são colhidos acima do solo, e os clássicos espargos verdes, que crescem no ar. Os espargos frescos são caracterizados por cabeças firmes e fechadas e lanças roliças e úmidas. Além de deliciosos, os aspargos também são conhecidos pelo alto teor de vitaminas como A, B1, B6, C e E, além de minerais como ferro, cálcio e magnésio.
Embora a percepção do cheiro dos espargos possa variar muito, atualmente não existem medidas conhecidas para prevenir completamente esse cheiro. As primeiras abordagens para a redução estão em investigação, mas a ventilação continua actualmente a ser a solução mais simples para as pessoas afectadas.