Assassinato ou legítima defesa? Julgamento de esfaqueamento fatal em Ried
Um jovem de 22 anos esfaqueia o pai em uma noite de violência: foi assassinato ou legítima defesa? O caso está atualmente em julgamento e levanta questões sobre a tragédia entre a família e o abuso de drogas.

Assassinato ou legítima defesa? Julgamento de esfaqueamento fatal em Ried
Um caso dramático está actualmente a tramitar no tribunal regional de Ried, onde jurados e juízes debatem a questão de saber se um jovem de 22 anos que esfaqueou o pai agiu em legítima defesa ou se foi homicídio. O incidente ocorreu em 19 de janeiro de 2024 no apartamento do réu.
O promotor Alois Ebner descreveu os acontecimentos da noite fatídica durante o julgamento de 14 de novembro. Ele descreveu o incidente como uma "catástrofe" interpessoal em que o filho infligiu nove facadas fatais ao pai alcoólatra em uma discussão acalorada. A suposta disputa foi caracterizada por confrontos violentos. Segundo Ebner, o pai, que tinha 2,5 por mil de álcool no sangue na noite do crime, já havia tentado ativamente impedir o filho de usar drogas, o que gerou um profundo conflito entre os dois.
História do réu
A história de vida do réu é igualmente trágica. Ele começou a usar drogas aos 14 anos e foi processado diversas vezes. Ele viveu uma infância marcada pelas drogas e pela violência e, como explicou seu advogado de defesa Andreas Mauhart, foi muitas vezes maltratado pelo pai.
O advogado de defesa argumentou que o réu foi essencialmente uma vítima de suas circunstâncias. Mauhart descreveu um episódio comovente da infância do réu, quando ele acreditava que o comportamento de seu pai estava colocando sua vida em perigo. Isto se correlaciona com o curso do incidente quando o filho, em reação de pânico, tentou tirar a arma do pai depois que ele ameaçou usar uma arma de fogo.
A noite do crime
Segundo o réu, ele agiu em um momento de muito medo. A ameaça da arma de seu pai pairando no ar o fez acreditar que sua vida estava em perigo. “Eu queria arrancar a arma dele”, explicou o jovem de 22 anos no julgamento. Ele enfatizou que não agiu racionalmente, mas apenas reflexivamente para salvar sua vida.
Ebner contradisse esta opinião, apontando a natureza brutal do ataque. “Agora vocês têm que decidir se isso foi assassinato ou legítima defesa”, dirigiu-se ao júri. As evidências são complementadas por um relatório de balística, depoimentos de testemunhas de vizinhos e outros especialistas.
O julgamento continuará nas próximas semanas, com a possibilidade de uma visita ao local do crime e de novos depoimentos de testemunhas que ajudarão a esclarecer o caso. O resultado deste julgamento ainda está para ser visto, já que o júri deve agora responder à séria questão: foi um ato de legítima defesa ou assassinato?
Mais informações sobre os detalhes estão disponíveis em um artigo recente em www.meinkreis.at.