Emenda à Lei de Asilo: Os críticos falam de engano e violação da lei!

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Em 26 de abril de 2025, o Conselho Nacional aprovou uma alteração à lei de asilo que restringe o reagrupamento familiar. Kickl critica isso como um engano.

Emenda à Lei de Asilo: Os críticos falam de engano e violação da lei!

Em 26 de Abril de 2025, o Conselho Nacional aprovou uma alteração controversa à Lei do Asilo que restringe significativamente o reagrupamento familiar para refugiados reconhecidos e aqueles com direito a protecção subsidiária. Esta alteração foi aprovada com os votos da coligação ÖVP-Verdes e está a causar discussões acaloradas no cenário político. Numa breve visão geral, o líder do FPÖ, Herbert Kickl, critica as medidas do governo e descreve-as como uma manobra enganosa que faz lembrar actividades políticas anteriores.

A nova lei permite que parentes diretos solicitem entrada para reagrupamento familiar. Porém, via de regra, o andamento do procedimento fica suspenso. Uma razão para estas medidas rigorosas poderá ser o baixo número de apenas 60 pedidos de reagrupamento familiar em Fevereiro de 2025, o que pode dever-se a controlos mais rigorosos. Além disso, os pedidos provenientes da Síria nem sequer são processados.

Críticas às medidas

Kickl sublinha que as restrições ao reagrupamento familiar não são apenas inadequadas, mas também têm um impacto negativo nas possibilidades de integração dos refugiados. A Amnistia Internacional e a agência da ONU para os refugiados criticam este regulamento como uma violação do direito internacional. Em particular, o artigo 8.º da Convenção dos Direitos Humanos, que garante o direito à vida familiar, é visto como juridicamente vulnerável se os membros da família forem rejeitados de forma generalizada.

O governo justifica as medidas com a cláusula de emergência da UE e descreve-as como um alívio temporário, especialmente para o sistema educativo. Kickl, por outro lado, apela a medidas mais abrangentes para combater a migração ilegal e alerta que o governo não deve gabar-se da queda no número de pedidos de asilo. Expressa a sua opinião de que os desafios colocados por um elevado afluxo de migrantes ilegais estão a levar à sobrecarga dos sistemas.

Um contexto europeu mais amplo

Os regulamentos discutidos enquadram-se num contexto europeu mais amplo, em que os direitos dos requerentes de asilo são cada vez mais restringidos em vários estados membros da UE. De acordo com o Instituto de Direitos Humanos, inúmeras fontes relatam casos de retornos forçados de requerentes de asilo sem que as razões do asilo sejam examinadas. O alojamento de famílias de refugiados em campos semelhantes a prisões também constitui um problema grave.

A reforma planeada a nível da UE visa supostamente acelerar os procedimentos de asilo, mas argumenta-se que estes regulamentos se desviam dos princípios básicos dos direitos humanos. As pessoas que procuram proteção em países com baixas taxas de reconhecimento têm de passar por procedimentos fronteiriços acelerados e são inicialmente consideradas como não tendo entrado nas fronteiras externas da UE, apesar de terem colocado os pés em solo europeu.

Estas regulamentações legais e a determinação associada em acelerar os procedimentos de asilo levantam questões fundamentais sobre o respeito da UE pelos direitos humanos e o tratamento humano dos refugiados. O combate às deportações em cadeia para os países de origem continua a ser um desafio que viola o princípio da não repulsão e mostra até que ponto o problema cresceu no debate sobre a política de asilo europeia.