Ex-chefe da defesa sul-coreana é preso sob acusações de lei marcial
Os promotores sul-coreanos prenderam o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun por seu papel na legislação marcial. Ele é considerado um ator central neste polêmico caso.

Ex-chefe da defesa sul-coreana é preso sob acusações de lei marcial
No domingo, os promotores sul-coreanos prenderam um ex-ministro da Defesa que supostamente recomendou a introdução da lei marcial ao presidente Yoon Suk Yeol na semana passada. Ele é a primeira pessoa a ser presa em conexão com este caso.
Tentativa de impeachment contra o presidente Yoon
O desenvolvimento ocorreu um dia depois de Yoon escapar de uma tentativa liderada pela oposição de impeachment no parlamento. A maioria dos legisladores do partido no poder boicotou a votação para evitar a maioria de dois terços necessária para suspender os seus poderes presidenciais. O principal partido da oposição, o Partido Democrata, anunciou que iniciaria um novo processo de impeachment contra Yoon.
Prisão do ex-ministro da Defesa
No domingo, o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun foi detido num centro de detenção em Seul após ser interrogado por promotores. Um policial que falou sob condição de anonimato disse que não poderiam ser fornecidos mais detalhes sobre a prisão. Relatos da mídia sul-coreana disseram que Kim compareceu voluntariamente ao gabinete do promotor em Seul, onde seu celular foi confiscado e ele foi levado sob custódia. A polícia também revistou os antigos escritórios e residências de Kim no domingo.
Investigações contra Kim Yong-hyun
Repetidos pedidos aos promotores em Seul e à polícia ficaram sem resposta. Num discurso televisionado no domingo, o procurador Park Se-hyun disse que as autoridades criaram uma equipa de investigação especial de 62 membros para o caso da lei marcial. Park, que liderará a equipe, ressaltou que a investigação “não deixará suspeitas”.
Consequências do acordo marcial
Yoon aceitou o pedido de renúncia de Kim na quinta-feira, depois que os partidos da oposição abriram um inquérito separado de impeachment contra ele. Kim desempenha um papel central na aplicação da lei marcial por Yoon, o que resultou em tropas de comando especiais cercando o prédio da Assembleia Nacional e helicópteros do exército pairando sobre o prédio. Os militares retiraram-se depois do parlamento ter votado por unanimidade pela revogação do decreto de Yoon, forçando o governo a retirá-lo antes do amanhecer de quarta-feira.
Acusações contra Kim e a oposição
No documento de impeachment, o Partido Democrata e outros partidos da oposição acusaram Kim de propor a lei marcial. O vice-ministro da Defesa, Kim Seon-ho, disse ao parlamento que Kim Yong-hyun ordenou o envio de tropas para a Assembleia Nacional.
O Partido Democrata chamou a imposição da lei marcial por Yoon de "insurreição ou golpe inconstitucional e ilegal". Ela apresentou queixa à polícia contra pelo menos nove pessoas, incluindo Yoon e Kim Yong-hyun, por causa do suposto motim.