Controvérsia ESC: Espanha pede a exclusão de Israel – o debate aumenta!
Debate sobre a participação de Israel no ESC: apelos à exclusão devido ao conflito de Gaza e às tensões políticas durante a competição.

Controvérsia ESC: Espanha pede a exclusão de Israel – o debate aumenta!
O debate sobre a participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção (ESC) tornou-se mais intenso nos últimos dias. Tendo como pano de fundo o conflito em curso na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apelou à exclusão da emissora israelita Kan da competição. A razão para esta exigência reside nas acções militares que ocorrem em Gaza enquanto o evento está em curso. Sánchez destacou que a ofensiva em Gaza estava em curso durante a final do ESC e associou-a à exclusão da Rússia em 2022 devido à invasão da Ucrânia. Viena.at relata que a emissora espanhola RTVE quer apresentar um pedido de revisão da votação do público que colocou Yuval Raphael em segundo lugar com sua entrada “New Day Will Rise”.
Na votação do público, Israel recebeu quase 300 pontos de telespectadores de 37 países, marcando a pontuação mais alta da noite. Somados aos 60 pontos dos júris internacionais, Raphael recebeu um total de 357 pontos e ficou com o segundo lugar. O vencedor da noite, JJ da Áustria com “Wasted Love”, recebeu 436 pontos, dos quais 178 foram do público. As disposições sobre o sistema de votação e o impacto do conflito prevalecente no televoto são o foco de muito debate, já que alguns países teriam sinalizado apoio à proposta da RTVE. Posto de Jerusalém salienta que no passado houve críticas frequentes à participação de Israel por parte de organismos de radiodifusão públicos.
Tensões políticas e exigências de exclusão
A situação politizada reflecte-se também no aumento dos apelos para que Israel seja excluído do CES. Os organismos de radiodifusão públicos de Espanha e da Islândia, bem como mais de 70 antigos participantes do ESC, manifestaram-se a favor da exclusão. Em particular, artistas como o vencedor do ano passado, Nemo, criticaram a participação e acusaram a emissora israelita Kan de ser cúmplice nas atrocidades na Faixa de Gaza. De acordo com o Eurovisão.de No entanto, estas opiniões são recebidas com a atitude negativa da União Europeia de Radiodifusão (EBU), que não vê necessidade de acção e sublinha que o CES é um evento cultural que não deve estar envolvido em conflitos políticos.
A sociedade está dividida. Enquanto alguns interpretam a pontuação elevada que Israel recebeu dos votos públicos como apoio, outros vêem estes contrastes como um problema de percepção. Durante a transmissão ao vivo do ESC, uma mensagem de paz e justiça para os palestinos foi transmitida pela emissora espanhola, o que aumentou a resistência à participação de Israel. Estão planeados protestos em Basileia, sede do ESC, para chamar a atenção para a situação com o slogan “ESCalate for Palestine”.
Conclusão
A discussão sobre a participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção não reflecte apenas uma característica musical, mas também tem profundas dimensões políticas. Dada a violência contínua em Gaza e as opiniões contraditórias sobre o ESC, a UER enfrenta o desafio de preservar a natureza cultural da competição e, ao mesmo tempo, responder às tensões sociais causadas pela situação política.