Índia mata três militantes em massacre de turistas na Caxemira
A Índia matou três militantes responsáveis pelo massacre de turistas na Caxemira. A operação ocorreu após meses de investigações e gerou discussões em todo o país.

Índia mata três militantes em massacre de turistas na Caxemira
NOVA DELH – Três militantes responsáveis por um ataque mortal a turistas na Caxemira administrada pela Índia este ano foram mortos, confirmou um alto funcionário indiano aos deputados na terça-feira.
Detalhes do ataque a turistas
O Massacre em abril ocorreu num pitoresco resort de montanha na Caxemira administrada pela Índia, onde 26 pessoas, a maioria turistas indianos, foram mortas. A série de assassinatos gerou indignação nacional e levou a um conflito breve, mas perigoso, entre a Índia e o Paquistão.
Operação militar e identidade dos perpetradores
Os militantes foram mortos como parte de uma operação conjunta chamada Operação Mahadev pelo Exército Indiano, Polícia da Reserva Central e Polícia de Jammu e Caxemira na segunda-feira, informou o ministro do Interior indiano, Amit Shah, ao Parlamento.
“Aqueles que foram responsáveis pelo assassinato dos nossos cidadãos no Vale Baisaran são estes três terroristas e todos os três foram mortos”, disse Shah. Todas as três pessoas mortas eram cidadãos paquistaneses, disse Shah.
Reações e situação geopolítica
A CNN entrou em contato com o governo do Paquistão para comentar. A Índia culpa o Paquistão pelo ataque, o que Islamabad nega. Nas semanas que se seguiram ao ataque, Nova Deli realizou ataques aéreos contra o seu vizinho, provocando uma reação militar que custou vidas em ambos os lados da fronteira.
Operação de inteligência e pressão sobre o governo indiano
Shah explicou que a agência de inteligência da Índia recebeu informações sobre o paradeiro do trio no Parque Nacional Dachigam, nos arredores de Srinagar, em maio e levou meses para confirmar a veracidade das informações antes de agir. O governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, está sob imensa pressão para encontrar e punir os responsáveis pelo massacre turístico.
Contexto histórico do conflito da Caxemira
Os três militantes foram mortos no dia em que o parlamento indiano convocou uma sessão especial sobre a Operação Sindoor, o nome oficial da retaliação da Índia contra Islamabad após o ataque. A disputada região da Caxemira tem sido um ponto de discórdia nas relações entre os dois países desde que a Índia e o Paquistão conquistaram a independência da Grã-Bretanha em 1947.
As duas nações que emergiram da sangrenta divisão da Índia britânica – a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana – reivindicam a totalidade da Caxemira, embora controlem apenas partes dela. Meses após a independência, travaram a primeira de três guerras pelo território.
Desenvolvimentos atuais e cessar-fogo
O conflito que se seguiu ao massacre de Abril foi o pior entre a Índia e o Paquistão em décadas, com ambos os lados a invadir profundamente o território um do outro. Após quatro dias de combates, um cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão foi anunciado pela primeira vez pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que Washington ajudou a garantir o acordo. A Índia nega o envolvimento dos EUA nas negociações.