Trump e Putin no Alasca: cimeira de paz ou paz ditada?

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O presidente dos EUA, Trump, e Vladimir Putin se reunirão no Alasca em 15 de agosto para negociar a paz no conflito na Ucrânia.

US-Präsident Trump und Wladimir Putin treffen sich am 15. August in Alaska, um über Frieden im Ukraine-Konflikt zu verhandeln.
O presidente dos EUA, Trump, e Vladimir Putin se reunirão no Alasca em 15 de agosto para negociar a paz no conflito na Ucrânia.

Trump e Putin no Alasca: cimeira de paz ou paz ditada?

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, realizarão uma cúpula histórica em Anchorage, no Alasca, na sexta-feira. Acontece na maior base militar dos EUA no Alasca, que fica a cerca de 7.500 quilômetros de Kiev. Trump já fez saber que o seu principal objetivo nesta reunião é a paz e a estabilidade no mundo. No entanto, a Casa Branca está a diminuir as expectativas para a reunião: a porta-voz Karoline Leavitt sublinha que Trump gostaria primeiro de ouvir as propostas de Putin para um acordo de paz.

A situação geopolítica continua complexa e tensa. Os países europeus da NATO e a Ucrânia estão a expressar preocupações sobre a possibilidade de uma “paz ditada” que poderia ser concluída às custas da Ucrânia. O Chanceler alemão Friedrich Merz deixa claro que os interesses fundamentais de segurança europeus e ucranianos devem ser protegidos. Ele insiste que nenhuma cimeira de paz pode realizar-se sem a participação da Ucrânia e de outros Estados europeus.

Unidade europeia para a paz

Numa declaração conjunta, vários estados europeus, incluindo Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália, apelaram a uma palavra a dizer nas negociações e apelaram a um cessar-fogo como pré-requisito para a continuação das negociações. Salientam que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força e apelam a garantias de segurança robustas para a Ucrânia. Esta preocupação vai ao encontro das declarações do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que qualificou a reunião como construtiva e destacou que o caminho para a paz só pode ser definido em conjunto com a Ucrânia.

No passado, Trump propôs uma troca de território como parte de um acordo de paz, que Zelensky rejeitou categoricamente. No entanto, o Presidente dos EUA também renovou o seu ultimato a Putin, que expira na sexta-feira. Ele ameaçou com “consequências muito graves” se a Rússia não parasse os ataques à Ucrânia.

Contrastes políticos e questões de segurança

Nas conversações, tanto a Ucrânia como os parceiros europeus apelam ao regresso às fronteiras reconhecidas de 1991 e à Rússia que as respeite. Putin ainda reivindica várias regiões ucranianas, incluindo Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia, Kherson e Crimeia, e exige o reconhecimento internacional destas anexações. Estas exigências contradizem os princípios do direito internacional e não são aprovadas em Kiev.

Para criar a base para um possível acordo, a Ucrânia apelou a um cessar-fogo incondicional de 30 dias, que a Rússia rejeitou até agora. Historicamente, as negociações de paz têm sido caracterizadas por posições inconciliáveis ​​de ambos os lados, com a Rússia a pressionar para que a Ucrânia não adira à NATO e para um estatuto neutro.

Este problema é sublinhado pelos vários planos de paz, como o plano de paz de dez pontos lançado por Zelensky. Isto inclui, entre outras coisas, a restauração da integridade territorial e a retirada de todas as tropas russas. No contexto deste impasse, o papel dos intervenientes internacionais é crucial para encontrar uma solução duradoura.

A cimeira no Alasca poderá, portanto, ser decisiva para a ordem futura na região. As negociações estão programadas para continuar em 15 de agosto para discutir opções para uma solução pacífica de longo prazo. Numa altura em que o conflito na Ucrânia exige mais atenção internacional do que nunca, resta saber se esta cimeira trará progressos reais em direcção à paz ou se acabará por ser mais uma manobra política.

As atualizações sobre a evolução do conflito na Ucrânia e as negociações internacionais em curso são cruciais para a compreensão da atual situação geopolítica na Europa. Estas questões continuarão a moldar o discurso político à medida que o povo da Ucrânia sofre as consequências do conflito.

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