Empresas em fuga: a Alemanha está a tornar-se um deserto económico?
Presidente da BGA alerta contra empresas alemãs que se deslocam para o estrangeiro devido aos elevados custos; particularmente afectados: indústrias com utilização intensiva de energia.

Empresas em fuga: a Alemanha está a tornar-se um deserto económico?
A economia alemã está no limite! As empresas estão a desenraizar-se e a ameaçar virar as costas à Alemanha. Começou um processo irreversível que afeta quase todas as indústrias - da indústria química à engenharia mecânica. Dirk Jandura, presidente da Associação Federal de Comércio Atacadista, Comércio Exterior e Serviços (BGA), dá o alarme e relata: “A realocação das instalações de produção para o exterior já começou”. Esta é uma “declaração de falência” para a Alemanha como local de negócios. As indústrias com utilização intensiva de energia, em particular, estão a sofrer um fim doloroso devido aos custos opressivos ou já planeiam sair da República Federal.
O mundo relata um quadro sombrio que se torna cada vez mais sombrio devido às crescentes pressões e à intervenção governamental. Marie-Christine Ostermann, Presidente da Associação de Empresas Familiares, teme que, especialmente após as eleições federais, sem uma rápida recuperação económica, as empresas possam migrar massivamente para o estrangeiro. Barreiras regulatórias e custos elevados dificultam a vida de muitas empresas. O clima está mudando e a confiança na Alemanha como local ameaça acabar.
Alerta vermelho para empresas alemãs
Este efeito de atracção, que está a arrastar a economia para o abismo, não passou despercebido aos políticos. A associação digital Bitkom apela a medidas urgentes para resolver o atraso de investimento na economia. A elevada burocracia, a falta de especialistas em TI e os preços da energia comparativamente explosivos funcionam como um muro que impede o sucesso das empresas. O presidente da Bitkom, Ralf Wintergerst, afirma: “Para reter empresas e estimular investimentos, são necessárias medidas políticas específicas”. A exigência de um boom de digitalização em todos os níveis é clara e clara.
Existe uma ameaça de migração para o exterior
Particularmente chocantes são as declarações feitas pelo presidente da DIHK, Peter Adrian, que colocaram ainda mais pressão sobre a confiança já em ruínas na Alemanha como local de negócios. De acordo com os seus receios, um terço das empresas planeia reduzir os seus investimentos. Esta é uma perspectiva sombria para o crescimento futuro! O sector privado, que é responsável por quase 90 por cento dos investimentos na Alemanha, poderá em breve funcionar apenas em segundo plano se não forem tomadas medidas rapidamente.
Como as coisas podem continuar? Não só O Frankfurter Rundschau exige um realinhamento estratégico dos responsáveis pela política. O foco está em três tarefas: reduzir a burocracia, digitalizar a administração e tomar medidas para combater a escassez de trabalhadores qualificados. Somente através de uma infraestrutura inovadora, digitalizada e em rede a Alemanha poderá brilhar novamente como local de negócios!