Embaixador dos EUA renuncia: pressão de Kiev e Washington
A embaixadora dos EUA, Bridget Brink, renunciou sob pressão de Kyiv e Washington. A sua decisão reflete as tensões nas relações entre os EUA e a Ucrânia e levanta questões sobre a nova política.
Embaixador dos EUA renuncia: pressão de Kiev e Washington
Quando a embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, se demitiu há dois dias, estava sob pressão tanto da administração do presidente Volodymyr Zelensky em Kiev como do seu chefe em Washington, o presidente Donald Trump. Pessoas de seu ambiente relataram isso.
Sair em circunstâncias difíceis
Brink estava prestes a passar três anos em uma zona de guerra, longe de sua família, o que também teve um efeito estressante sobre ela. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores elogiou seu “desempenho extraordinário”.
Mudanças nas relações EUA-Ucrânia
A sua súbita demissão marca a mais recente reviravolta nas relações entre Washington e Kiev desde o Administração Trump assumiu o comando e mudou drasticamente a política dos EUA Ucrânialândia reorientado para a Rússia.
Crenças e desafios de Brink
Uma ex-funcionária ucraniana que se mostrou positiva em relação a Brink explicou que sentia que não poderia mais fazer a coisa certa sob a nova administração. "Ela apoiou muito sistematicamente a Ucrânia durante os três anos em Kiev. Os seus princípios não lhe permitiram fazer o oposto", disse o ex-funcionário numa entrevista confidencial.
A pressão está crescendo
Brink iniciou suas funções em maio de 2022, poucos meses após a invasão total da Ucrânia pela Rússia. Embora os principais contactos de Kiev na Casa Branca – especialmente o conselheiro de segurança Jake Sullivan – tenham desempenhado um papel central na era Biden, Brink era muito visível no país e nas redes sociais, onde promoveu as políticas da administração Biden em matéria de ajuda militar e humanitária.
Reconhecimento profissional
Os embaixadores da Europa Ocidental que trabalharam com ela na Ucrânia elogiaram a sua ética de trabalho e profissionalismo. “Duro, às vezes quase como uma máquina, mas com verdadeiro comprometimento e fogo”, disse um deles concordando.
Convulsões políticas e suas consequências
Os desafios colocados pela aparente reversão na política dos EUA criaram tensões nas comunicações de Brink, particularmente em duas das suas publicações nas redes sociais. A primeira postagem foi um retuíte de uma postagem do secretário de Estado Marco Rubio, poucas horas depois de Zelensky ter sido atacado publicamente por Trump e seu vice, JD Vance, em uma reunião na Casa Branca.
Reações aos seus tweets
O tweet de Rubio, que Brink partilhou separadamente em ucraniano, foi comentado por 1.700 utilizadores com surpresa por alguém que anteriormente apoiava tão abertamente a Ucrânia estar agora a zombar do presidente. “Afaste-se e mantenha a sua dignidade”, foi uma das respostas mais educadas, enquanto muitos mostraram significativamente menos contenção.
Ataques a civis e agitação pública
Uma semana antes de sua renúncia, ela tuitou novamente depois que um míssil russo atingiu a cidade de Kryvyi Rih, no sul da Ucrânia, causando as maiores vítimas civis desde o início do ano.
As duras críticas de Zelenskyj
No seu discurso nocturno, Zelensky respondeu duramente ao silêncio de Brink sobre a Rússia, apontando a sua resposta inadequada.
Dificuldades na diplomacia
As relações com o gabinete de Zelensky têm sido cada vez mais tensas devido à percepção excessiva de cautela da administração Biden na transferência de armas para a Ucrânia. Brink, como autoridade norte-americana de mais alto escalão na Ucrânia, foi frequentemente confrontada com o descontentamento de Kiev, e a sua relação com o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, foi particularmente difícil.
Declarações sobre o combate à corrupção
Brink também apelou veementemente à introdução de medidas anticorrupção e reformas para promover a transparência. Estes foram vistos internamente como cruciais para conquistar os cépticos no Congresso para aprovar legislação de apoio à Ucrânia. Em Kiev, no entanto, de acordo com Andy Hunder, da Câmara de Comércio Americana, isto colocou em causa a sua popularidade.
Feedback filtrado e pressão externa
Um ex-embaixador europeu que estava em Kiev na mesma época que Brink foi mais direto: "Ela nunca adoçou as coisas... ela sempre foi muito clara sobre os padrões que cumpriu em Washington, e acho que isso a irritou muito."
Conclusão: incerteza após demissão
O ex-funcionário ucraniano expressou preocupação com a renúncia de Brink, dizendo: "Tivemos sorte de ter um grande apoiador. Agora há incerteza."