Equador prende 16 membros da Força Aérea por crianças desaparecidas

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O Equador ordenou a detenção de 16 membros da Força Aérea ligados ao desaparecimento de quatro crianças. A nação chora e exige justiça.

Equador prende 16 membros da Força Aérea por crianças desaparecidas

Um juiz no Equador ordenou a detenção de 16 militares da Força Aérea acusados ​​de ligação com o desaparecimento de quatro crianças. Os restos mortais queimados das crianças foram encontrados semanas depois de terem sido embarcados à força num veículo de patrulha militar.

Revelações e protestos chocantes

O caso chocou a nação e provocou protestos contra os militares, que lideram a ofensiva do presidente Daniel Noboa contra grupos criminosos violentos. Na terça-feira, pouco depois de um juiz de Guayaquil ter ordenado as detenções, os procuradores anunciaram que os testes forenses mostraram que as partes queimadas dos corpos encontradas na semana passada pertenciam de facto às crianças desaparecidas. Os corpos foram descobertos perto de onde as crianças foram vistas pela última vez.

As crianças desaparecidas

As crianças, Saúl Arboleda, Steven Medina e os irmãos Josué e Ismael Arroyo, foram dados como desaparecidos no dia 8 de dezembro depois de jogarem futebol e serem detidos por soldados na província de Guayas. Um vídeo da Assembleia Nacional divulgado na semana passada mostra que eles foram forçados a entrar num veículo de patrulha contra a sua vontade.

Reações da agência de defesa

O Ministério da Defesa confirmou que as crianças estavam detidas, mas insistiu que foram posteriormente libertadas. Ele também disse que as crianças estavam envolvidas em um assalto, enquanto a promotoria disse que não havia provas disso. A notícia das identificações forenses foi recebida com frustração e tristeza.

Apelos por justiça

"Que dor terminar o ano com esta tragédia que deixa o país de luto. É inaceitável que a vida de nossos filhos termine desta forma. Não deixemos que o medo nos silencie e deixemos que a solidariedade se torne a voz que exige justiça para que algo como isso nunca mais aconteça", escreveu a prefeita de Guayas, Marcela Aguiñaga, no X. O prefeito de Guayaquil, Aquiles Álvarez, disse: "Nada irá" Nada pode apagar a dor dos pais, assim como nada pode apagar a marca de os assassinos sobre todos os envolvidos, direta ou indiretamente. A verdade é que este país chegou ao fundo do poço, mas para pior é quase insuportável”.

Compromisso público com a verdade e a transparência

Durante a audiência, o Ministério Público apresentou provas e imagens de vídeo destinadas a apoiar a alegada participação do arguido no crime sob investigação. Dezenas de pessoas, incluindo familiares e amigos das crianças, reuniram-se no exterior para exigir verdade e transparência. Alguns carregavam fotos das crianças, enquanto outros seguravam faixas e gritavam slogans como "Eles foram capturados vivos, nós os queremos vivos!" e “Senhor, senhora, não fique indiferente, estão levando crianças na frente das pessoas!”

Luto e apoio de políticos

A Assembleia Nacional e a prefeitura de Quito declararam três dias de luto. A CNN entrou em contato com o Departamento de Defesa e a presidência para comentar. Na semana passada, o Presidente Noboa afirmou que não haveria impunidade no caso e apelou às autoridades para cooperarem com a Procuradoria-Geral durante a investigação. O Ministério da Defesa e as Forças Armadas afirmaram na terça-feira que cooperariam com a investigação “sem reservas ou condições”.