Protestos contra Israel: As tensões aumentam rapidamente antes da CES em Basileia!
Manifestantes pró-Palestina reúnem-se em frente ao ESC em Basileia. A polícia ameaça intervir à medida que os protestos crescem.

Protestos contra Israel: As tensões aumentam rapidamente antes da CES em Basileia!
Hoje, 17 de maio de 2025, a cidade de Basileia enfrenta um número crescente de manifestantes pró-Palestina antes da cerimónia de abertura do Festival Eurovisão da Canção (ESC). Estas reuniões, que chamam a atenção com ações provocativas e apelos à solidariedade com a Palestina, intensificaram-se nas últimas horas. A polícia pediu repetidamente aos manifestantes que evacuassem as ruas antes do espectáculo do ESC para garantir a segurança de todos os presentes. De acordo com oe24.at, vários manifestantes incendiaram bandeiras israelenses e usam sangue falso no rosto, o que pretende ilustrar a seriedade de suas mensagens.
Particularmente impressionantes são os cartazes com inscrições como “Boicote Israel – Apartheid” e “Não há palco para genocídio”. Estas mensagens visam chamar a atenção para a situação no Médio Oriente e foram generosamente espalhadas pela Aldeia da Eurovisão. A polícia está a acompanhar de perto a situação e já ameaçou intervir diretamente caso a situação se agrave. O cortejo de manifestação, que se realiza junto à Ponte do Meio, aproxima-se cada vez mais dos adeptos do ESC, o que aumenta a tensão entre os dois grupos. A manifestação está actualmente a virar-se para Kleinbasel, aproximadamente ao nível da Ponte Johanniter.
Um olhar sobre os movimentos de protesto na Europa
Estes protestos massivos não só atraem a atenção local, mas também se enquadram num contexto mais amplo que afecta a sociedade europeia e as suas democracias. De acordo com um inquérito realizado em seis países europeus no âmbito do projecto ProDem, muitas pessoas estão preocupadas com o declínio da qualidade da democracia na Europa. Os resultados do inquérito mostram uma desconfiança generalizada nos processos políticos nacionais, ao mesmo tempo que a confiança nas instituições da UE parece estar a aumentar, especialmente quando a confiança nos governos nacionais é baixa. Esta dinâmica também poderá reflectir o actual movimento de protesto em Basileia, uma vez que a desconfiança na política constitui frequentemente o terreno fértil para mobilizações públicas tão massivas.
Outro aspecto interessante é a interação entre movimentos de protesto e instituições políticas. Em vários países, incluindo a Alemanha, os partidos antidemocráticos estão cada vez mais a sequestrar os movimentos de protesto para promover os seus próprios objectivos políticos. Um exemplo disto é a AfD, que utilizou as preocupações do movimento Pegida. Esta tendência mostra que os protestos não são apenas uma resposta às queixas da sociedade, mas também podem ser usados para ganhar poder político, destacando a complexidade e o impacto de longo alcance de tais movimentos.
Especialmente no contexto do ESC, que é visto por muitos como um sinal de diversidade cultural e de paz, estes protestos levantam questões que vão muito além da competição musical. Embora o evento proporcione um espaço de celebração, as manifestações apelam à reflexão sobre a actual situação política e os desafios aos valores democráticos na Europa.