Síria após a queda de Assad: esperança de paz ou novos conflitos?

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Após a queda de Assad, a Síria enfrenta a reconstrução sob o presidente interino Ahmed al-Sharaa. Os desafios permanecem.

Síria após a queda de Assad: esperança de paz ou novos conflitos?

No meio da turbulência e da mudança que se abateu sobre a Síria após o derrube do Presidente Bashar al-Assad, a situação apresentada está a tornar-se cada vez mais precária. Pela primeira vez em 14 anos de guerra civil, um governo de transição liderado por Ahmed al-Sharaa está no poder. Numa conferência internacional em Paris, a França e os seus países parceiros discutiram a reconstrução e a ajuda humanitária ao país atingido, como relatou [vienna.at]. Macron apelou ao levantamento imediato das sanções da UE para facilitar a reconstrução, que está estimada em 250 mil milhões de dólares a 400 mil milhões de dólares. Os combates entre várias facções, incluindo as forças lideradas pela Turquia e as milícias curdas, ameaçam a estabilidade para além disso. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, alertou para o ressurgimento do “Estado Islâmico” e recomendou um cessar-fogo imediato. As infra-estruturas do país estão gravemente danificadas e mais de 80 por cento da população necessita urgentemente de assistência humanitária.

Os desafios urgentes

A dissipação do poder na Síria continua a ser um desafio premente. Após uma década de guerra, mais de 500 mil pessoas foram mortas e milhões foram deslocadas das suas casas. Ahmed al-Sharaa prometeu refletir a diversidade da sociedade síria no governo interino, mas sem fornecer detalhes concretos sobre o calendário das reformas, como destacou [zdf.de]. O futuro do país é incerto e questões como a resolução dos crimes cometidos durante o regime de Assad estão a entrar em foco. Baerbock, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, sublinhou a necessidade de uma reforma judicial para curar as feridas da sociedade.

Apesar dos anúncios, o país enfrenta ainda mais dificuldades. Os confrontos entre as FDS curdas e o novo governo impedem um acordo sobre o futuro sistema militar e a dependência da ajuda humanitária continua elevada. Os próximos passos serão cruciais para a direcção que a Síria tomará após anos de escuridão. Nesta situação, a comunidade internacional é chamada a encontrar uma solução diplomática para acalmar os conflitos em curso e permitir que as pessoas regressem a uma vida estável e pacífica.