A UE está a planear regras rigorosas: as deportações devem ser mais rápidas e fáceis!

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A UE está a planear novas diretrizes de regresso para deportar migrantes ilegais mais rapidamente, com medidas de segurança rigorosas e centros centrais de regresso.

A UE está a planear regras rigorosas: as deportações devem ser mais rápidas e fáceis!

Num passo notável, a Comissão da UE, sob a liderança do Comissário para a Migração, Magnus Brunner, planeia reformar a directiva de regresso que existe desde 2008. O objectivo da nova lei é claro: a deportação mais rápida e eficiente de pessoas sem o direito de residir na UE. De acordo com Brunner, atualmente apenas 20 por cento das pessoas contra as quais foi emitida uma decisão de regresso voaram efetivamente para fora da UE – uma situação que é considerada “inaceitável”. Numa conferência de imprensa, enfatizou a necessidade de uma reforma que criasse regras claras e uniformes em toda a Europa, enquanto a vice-presidente da UE, Henna Virkkunen, também prometeu a criação de “ordem na nossa casa”.

Um elemento central da proposta é a introdução de uma ordem de regresso europeia, que se destina a permitir que as ordens de deportação de um estado da UE sejam automaticamente aplicadas noutros estados-membros. Qualquer pessoa que receba um aviso de deportação num país da UE não pode mudar-se para outro país da UE para apresentar um novo pedido de asilo. No que diz respeito às consequências ameaçadoras para os requerentes de asilo rejeitados, a proposta prevê medidas rigorosas: qualquer pessoa que se recuse a cooperar com o repatriamento corre o risco de cortes nos benefícios sociais e até mesmo do confisco de documentos de viagem. “Estamos a pôr a nossa casa em ordem”, enfatizou Brunner, sublinhando a importância desta reforma, que afetará tanto o futuro da cooperação entre os Estados-membros como o tratamento dos migrantes na UE.

Regras mais rigorosas para riscos de segurança

Particularmente alarmantes são os novos regulamentos que se aplicarão às pessoas classificadas como um risco à segurança. No futuro, deverão poder ser detidos até à deportação mais rapidamente e será dada a possibilidade de prolongar a duração da detenção para além dos actuais 24 meses. Brunner anunciou que um conceito para países terceiros seguros será apresentado até Junho de 2025, uma vez que a definição destes estados é actualmente inconsistente e pouco clara, o que só aumenta os desafios práticos das deportações. Os críticos, como a Amnistia Internacional, vêem este projecto como um “novo ponto baixo” no tratamento das pessoas migrantes, especialmente tendo em conta os “centros de regresso” especiais que podem ser criados em países terceiros para acomodar pessoas sob certas condições.

Embora os planos pareçam promissores, a nova lei ainda está em votação no Parlamento da UE e deve resistir às opiniões dos vários grupos políticos locais. A aprovação dentro da UE já foi demonstrada pelo feedback positivo do ÖVP, enquanto outros partidos, como os Verdes e o FPÖ, apontaram as preocupações com os direitos humanos. No entanto, é essencial dar outro passo na direcção certa para resolver a questão da migração ilegal na Europa, de acordo com Brunner e os seus colegas, que esperam um acordo rápido para reformar a regulamentação actual.