Trump considera o ataque com mísseis Sumy um erro, o plano de Putin continua
Trump considera o ataque com mísseis russos a Sumy um "erro", já que a guerra de Moscou continua de acordo com o plano de Putin. Um olhar sobre as consequências devastadoras para a Ucrânia e a política mundial.
Trump considera o ataque com mísseis Sumy um erro, o plano de Putin continua
O presidente dos EUA, Donald Trump, caracterizou o “horrível” ataque com mísseis duplos ao centro de Sumy, na Ucrânia, como um “erro” cometido pela Rússia. Bombas coletivas foram usadas no ataque para maximizar o número de vítimas.
O uso de mísseis Iskander
Os relatórios indicam que mísseis de precisão Iskander foram usados no ataque. O uso de dois mísseis pode indicar que o alvo visava deliberadamente atingir também os socorristas que correram para ajudar. É improvável que o Kremlin tenha reconsiderado a sua estratégia, uma vez que tais tácticas estão agora generalizadas. Alguém pode estar a tentar defender a Rússia no contexto das negociações com Trump.
Um sinal cruel para a Ucrânia
O ataque foi um lembrete cruel aos aliados da Ucrânia das verdadeiras intenções de Moscovo na invasão: colocar a Ucrânia de joelhos. O alvo, Sumy, também está no foco de Moscovo, já que o presidente Vladimir Putin afirma querer criar uma zona de segurança dentro da Ucrânia, tendo como alvo esta movimentada cidade fronteiriça.
A ineficácia da diplomacia
O ataque também destacou o impacto limitado dos incansáveis esforços diplomáticos da Casa Branca. Trump disse na sexta-feira nas redes sociais que a Rússia precisa “se mexer”, mas não deu prazos ou consequências claras se os requisitos não forem cumpridos. No entanto, foram consideradas tarifas secundárias sobre os compradores de petróleo russo.
A posição pouco clara de Trump
Trump já fez comentários semelhantes antes - criticando Moscovo pelos seus abusos contra civis na Ucrânia, ao mesmo tempo que também lamentou genericamente os horrores da guerra, sem demonstrar raiva específica pelos massacres específicos. Quando questionado sobre os pedidos urgentes de Kiev por mais sistemas de mísseis Patriot, Trump disse erradamente que a Ucrânia tinha começado a guerra.
O impasse diplomático
A realidade sobre a qual Trump pode estar relutante em falar é que a diplomacia russa entrou numa espiral confusa. Embora crie luz e ruído, tem pouco impacto, pois Moscovo ganha tempo e continua a guerra nos seus próprios termos. Diplomatas americanos e russos operam segundo um modelo de Moscovo que oferece poucas perspectivas de progresso real.
A busca pela paz
Os Estados Unidos e a Ucrânia estão actualmente a trabalhar num caminho viável para sair de um complexo acordo sobre terras raras elaborado por advogados empresariais de Delaware que, de acordo com a última versão vista pela CNN, parece ser quase inteiramente do interesse da Casa Branca.
Preocupação com possíveis escaladas
Cresce a preocupação de que a Rússia esteja a acumular reforços e a esperar que o terreno seque em Maio para intensificar uma ofensiva de Primavera que as autoridades ucranianas descrevem parcialmente como já em curso. Kiev sinalizou uma escassez iminente de munições e as recentes promessas dos seus aliados podem não evitar esta crise aguda. O verão poderá ser extremamente desafiador para a Ucrânia.
As consequências geopolíticas para a Europa
Os aliados europeus estão a preparar-se para dois cenários futuros desagradáveis. O primeiro cenário é o possível colapso da Ucrânia, que poderia forçar os membros da NATO na Europa a conter a Rússia sem o apoio americano. O segundo cenário, mais realista, é que a Grã-Bretanha e a França estejam a liderar os preparativos para uma “força calmante” para proteger um possível cessar-fogo. Estes preparativos permitem a Kiev manter conversações diplomáticas ao mesmo tempo que tem garantias de segurança.
A complexidade das negociações
A cada nova ronda de conversações diplomáticas, as condições para a paz real tornam-se cada vez mais confusas. Putin parece menos disposto a oferecer, mesmo que parcialmente, uma ruptura, acreditando, em última análise, que Trump é impotente e não o punirá eficazmente por rejeitar a détentes.
Trump disse no fim de semana sobre as negociações com a Rússia e a Ucrânia: “Veremos o que acontece, mas acho que está indo bem”. A Ucrânia deve esperar que isso não signifique simplesmente que o destino do país será permanentemente ofuscado por outra crise.