Novas eleições à vista: FPÖ pede o fim do governo dos semáforos!
O artigo destaca os actuais desenvolvimentos políticos na Áustria, especialmente o FPÖ e a sua posição em relação ao governo.
Novas eleições à vista: FPÖ pede o fim do governo dos semáforos!
Numa declaração recente, o FPÖ parece autoconfiante e fala de uma recuperação no cenário político. Após a aparição da Ministra da Mulher do SPÖ, Raika Holzleitner, na “hora de imprensa” da ORF, o secretário-geral do FPÖ, Michael Schnedlitz, criticou duramente o governo federal. Ele descreveu o “semáforo perdedor” como o governo mais caro e pior de todos os tempos, que só se mantém unido porque tem medo de novas eleições. “A imigração ilegal em massa continuará a ser promovida”, alertou Schnedlitz, sublinhando que o SPÖ está a trabalhar contra os interesses da população com as suas exigências de novos impostos. O seu apelo contundente: “O que levou a Alemanha à beira do abismo também não pode funcionar para nós”, explicou. Estas declarações sublinham o esforço do FPÖ para se posicionar como uma força alternativa, invocando simultaneamente as suas raízes e valores tradicionais.
Os sucessos do FPÖ também parecem reflectir-se nos inquéritos. O vice-governador Manfred Haimbuchner informou que, de acordo com uma pesquisa Spectra, o FPÖ está em primeiro lugar na Alta Áustria. “As pessoas estão fartas das utopias de esquerda”, disse Haimbuchner na palestra da LINZA, ligando esta ascensão ao desejo de razão e normalidade na política. Ele vê a necessidade de aprender com a “política desastrosa” dos últimos anos e de consolidar o orçamento do Estado. Ao mesmo tempo, Haimbuchner sublinha que o FPÖ actua como uma constante política na Áustria e que, apesar dos desafios da cooperação com o ÖVP, está a ser tomada uma direcção positiva. “Provamos que você pode confiar em nós”, disse Haimbuchner. Ao fazê-lo, reforça a imagem de uma ascensão do FPÖ e de uma alienação das tendências políticas tradicionais de influência socialista.
Cenário político em transição
O FPÖ vê-se numa situação tensa mas esperançosa, tanto a nível nacional como regional. Quando Haimbuchner percebe que o vento está a mudar e é chegado o momento de voltar à razão, entra em confronto com o SPÖ e os Verdes, a quem acusa de se perderem em objectivos políticos irrealistas. “Os últimos anos mostraram que as pessoas já não estão dispostas a aceitar as ideologias extremas que dividem a nossa sociedade”, afirma Haimbuchner, apontando a necessidade de comunicar bem as medidas políticas para garantir a aceitação entre a população. A necessidade urgente de políticas estáveis e orientadas para o desempenho, que permaneçam em vigor mesmo em tempos de crise, torna-se clara neste contexto, e o FPÖ está a fazer tudo o que pode para se posicionar como esta força.