Proibição de residência para Klima-Shakira: Um protesto contra a repressão!

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Anja Windl, a “Shakira do Clima”, está proibida de permanecer na Áustria e planeja ações legais contra a decisão.

Proibição de residência para Klima-Shakira: Um protesto contra a repressão!

A ativista climática alemã Anja Windl, mais conhecida como “Shakira do Clima”, foi proibida de permanecer na Áustria. O Serviço Federal de Imigração e Asilo (BFA) decidiu que ela deve deixar o país no prazo de um mês e que o seu direito de residência foi revogado por dois anos. Windl mora na Áustria há sete anos, onde tem casa e família. Ela expressou preocupação com o tratamento dos protestos pacíficos e afirmou que não deixaria o país voluntariamente. Esta decisão já causou protestos no movimento de protecção do clima.

A decisão do BFA foi emitida pela sucursal de Leoben e representa uma reacção às actividades da Windl. Segundo o BFA, existe uma “grave ameaça à ordem ou segurança pública” que é atribuída ao seu acto de protesto. O advogado de Windl, Ralf Niederhammer, ficou indignado com isso e apresentou queixa ao Tribunal Administrativo Federal. Ele argumenta que uma proibição de residência requer uma justificativa séria.

Reações públicas e apoio

O grupo “Última Geração”, que apoia Windl, vê a proibição como uma das mais duras repressões contra os protectores do clima na Áustria. Eles criticam o facto de os protestos pacíficos de Windl serem retratados como uma ameaça. Windl é creditado por desempenhar um papel de liderança no recrutamento de novos membros e com foco em relações públicas. Desde novembro de 2023, estão em curso investigações criminais contra ela e outros membros por suspeita de formação de organização criminosa e graves danos materiais.

O Ministério do Interior enfatiza que a avaliação das reivindicações de direito estrangeiro é realizada independentemente das investigações criminais. Além disso, Windl teve vários contactos com a polícia no passado, o que, segundo o BFA, levou à sua proibição de residência.

Reações políticas e contexto jurídico

O actual debate sobre a proibição de residência de Windl insere-se num contexto mais amplo de protestos climáticos na Áustria. Enquanto políticos como a governadora da Baixa Áustria, Johanna Mikl-Leitner (ÖVP), apelam a punições mais severas para os activistas climáticos, especialistas como o professor de direito penal Robert Kert não vêem necessidade de reforma. Kert argumenta que já existem disposições penais suficientes para intervir em situações perigosas e descreve os apelos por penas mais severas como populistas.

Os ativistas muitas vezes sofrem punições e ataques físicos para chamar a atenção para a crise climática. Lucia, porta-voz da plataforma System Change not Climate Change, vê as exigências de Mikl-Leitner como uma tentativa de intimidar o protesto político. Na Áustria, bloquear uma estrada sem violência não é crime e mesmo as reuniões não registadas são protegidas pelo direito à liberdade de reunião. No entanto, uma resposta violenta a tais protestos poderia ter consequências jurídicas para os agressores.

O conflito em torno de Anja Windl não é, portanto, apenas uma questão do destino individual de um activista climático, mas reflecte também as tensões entre a ordem estatal e o direito ao protesto pacífico. Dados os desenvolvimentos actuais, resta saber como se irão desenrolar as disputas jurídicas e que passos o movimento da “Última Geração” tomará nesta situação.