Jimmy Lai no tribunal de Hong Kong pela primeira vez em quatro anos

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Jimmy Lai, o magnata da mídia de Hong Kong preso, testemunhará em tribunal pela primeira vez em quatro anos. O seu julgamento levanta sérias questões sobre a liberdade de imprensa e a segurança nacional.

Jimmy Lai, der inhaftierte Medien-Tycoon von Hongkong, wird zum ersten Mal seit vier Jahren vor Gericht aussagen. Sein Verfahren wirft schwere Fragen zur Pressefreiheit und zur nationalen Sicherheit auf.
Jimmy Lai, o magnata da mídia de Hong Kong preso, testemunhará em tribunal pela primeira vez em quatro anos. O seu julgamento levanta sérias questões sobre a liberdade de imprensa e a segurança nacional.

Jimmy Lai no tribunal de Hong Kong pela primeira vez em quatro anos

Jimmy Lai, o combativo magnata da mídia de Hong Kong, cujo agora extinto tablóide Apple Daily espalha medo e terror em Pequim, testemunhará em seu próprio julgamento de segurança nacional na quarta-feira. Isso faz parte de um julgamento de alto risco que pode potencialmente colocá-lo atrás das grades pelo resto da vida.

Antecedentes e apoio à democracia

O homem de 77 anos é conhecido pelo seu compromisso de décadas com o movimento pró-democracia em Hong Kong e pelas suas críticas abertas às principais figuras da China. Lai não apareceu em público desde a sua detenção, há quase quatro anos, no meio de uma intensificação da repressão à dissidência. Mas na quarta-feira ele se sentará no banco das testemunhas pela primeira vez para se defender.

A situação do movimento pró-democracia

Nos tribunais dos EUA, é frequentemente desencorajado testemunhar como réu; Em Hong Kong, no entanto, testemunhar em tribunal oferece uma rara oportunidade para os defensores da democracia presos fazerem ouvir as suas vozes. O julgamento ocorre no momento em que mais de 40 figuras proeminentes pró-democracia foram condenadas a penas de prisão até 10 anos num julgamento separado por alegações de subversão. Entre eles está Joshua Wong, um ex-líder estudantil, que gritou: “Eu amo Hong Kong” ao deixar o tribunal.

Resposta e apoio internacional

Lai faz a sua declaração poucas semanas depois de Donald Trump ter conquistado a Casa Branca, tendo anteriormente prometido libertar o magnata da comunicação social. A Grã-Bretanha também pediu a libertação de Lai, que tem passaporte britânico. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, levantou a questão durante uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cimeira do G20 no Brasil, expressando preocupação com a saúde de Lai.

Encargos e contexto jurídico

Desde dezembro de 2020, Lai está preso enquanto aguarda julgamento por múltiplas acusações relacionadas com o seu apoio ao movimento pró-democracia em Hong Kong. Ele ficou conhecido como o fundador do Apple Daily, um jornal pró-democracia que fechou em 2021. Lai enfrenta duas acusações de conspiração com forças estrangeiras e uma acusação de sedição, entre outras coisas. Ele se declarou inocente de todas as acusações e pode pegar prisão perpétua se for condenado.

A mudança em Hong Kong

Os julgamentos de Hong Kong, incluindo o de Lai, não têm júri e são presididos por três juízes seleccionados por um comité de segurança nacional aprovado pelo líder de Hong Kong. Após a aprovação da lei de segurança nacional, ocorreram detenções em massa de intervenientes da oposição e pró-democracia, enquanto numerosas organizações da sociedade civil tiveram de encerrar.

O papel de Lai na política internacional

Lai, que fez fortuna como empresário vendendo roupas, sempre assumiu uma posição clara contra a liderança da China. Foi um apoiante activo de Donald Trump e fez campanha internacional para pressionar Pequim, o que foi recebido com pouca compreensão pelos líderes chineses. Durante os protestos de 2019, Lai viajou para Washington, onde se encontrou com o então vice-presidente Mike Pence, entre outros, para discutir a situação política em Hong Kong.

A influência na liberdade da mídia

Após a imposição da lei de segurança nacional, o panorama mediático em Hong Kong mudou drasticamente. Muitos meios de comunicação independentes e da oposição foram forçados a cessar as suas operações. Hong Kong, outrora um refúgio para a liberdade de imprensa, perdeu o seu estatuto como tal - isto também se reflecte na classificação dos Repórteres Sem Fronteiras, que classifica Hong Kong em 135º lugar em termos de liberdade de imprensa em 2023, um declínio drástico em relação ao 73º lugar em 2019.

conclusão

Os próximos desenvolvimentos no julgamento de Jimmy Lai poderão ter um impacto significativo não só na sua liberdade pessoal, mas também no destino do movimento pró-democracia em Hong Kong. A comunidade internacional permanece vigilante e continua a defender os direitos dos cidadãos e a liberdade de imprensa em Hong Kong.