Xi Jinping como convidado de honra em Moscou antes do desfile do Dia da Vitória

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Espera-se que Xi Jinping seja um convidado de honra em Moscou para se juntar a Putin na celebração do 80º aniversário da Vitória na Segunda Guerra Mundial. A viagem destaca a estreita cooperação entre a China e a Rússia.

Xi Jinping wird als Ehrengast in Moskau erwartet, um mit Putin die Feierlichkeiten zum 80. Jahrestag des Sieges im Zweiten Weltkrieg zu begehen. Die Reise verdeutlicht die enge Zusammenarbeit zwischen China und Russland.
Espera-se que Xi Jinping seja um convidado de honra em Moscou para se juntar a Putin na celebração do 80º aniversário da Vitória na Segunda Guerra Mundial. A viagem destaca a estreita cooperação entre a China e a Rússia.

Xi Jinping como convidado de honra em Moscou antes do desfile do Dia da Vitória

Hong Kong - Enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, se prepara para o desfile militar cuidadosamente orquestrado em 9 de maio, "Dia da Vitória", fica claro que Xi Jinping, o Chefe de estado chinês, está no topo da lista de convidados de honra. Xi chegará a Moscou na quarta-feira para aprofundar a "confiança mútua" durante uma visita de Estado de quatro dias e participar de atividades comemorativas do 80º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Fortalecendo a aliança entre China e Rússia

A participação de Xi nesta celebração mostra uma forte unidade entre os dois líderes autocráticos e os seus países. Isto surge num momento em que a diplomacia “América em primeiro lugar” do presidente dos EUA, Donald Trump, abalou as alianças globais e remodelou as relações entre Washington e ambas as potências. Putin referiu-se a Xi como seu em seus comentários no mês passado “Convidado Principal”.

Outros líderes que participarão das celebrações incluem o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Vietnã, To Lam, e o governante bielorrusso, Alexander Lukashenko. Um contingente da Guarda de Honra do Exército de Libertação Popular da China também participará do desfile, que acontece à sombra do ataque de Putin à Ucrânia.

A oferta de cessar-fogo de Putin e a resposta da Ucrânia

Para comemorar o acontecimento, Putin propôs um cessar-fogo tripartido com Kiev – uma decisão que alguns analistas consideram uma tentativa de exibir em privado a força militar da Rússia perante dignitários internacionais. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, rejeitou esta sugestão e descreveu-a como “apresentação teatral”. Ele renovou seu apoio a uma oferta anterior dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias.

Conflito e parcerias estratégicas

Nos últimos meses, dignitários ucranianos alertaram os visitantes que Kiev “não pode ser responsável pelo que está a acontecer no território da Federação Russa”, dado o conflito em curso, que o Kremlin posteriormente interpretou como uma ameaça. A Ucrânia realizou ataques de drones contra Moscou diversas vezes durante a guerra, inclusive nos últimos dias - levando a encerramentos temporários de aeroportos na capital. O maior ataque à capital russa, em março, matou três pessoas.

A Ucrânia afirma que os seus ataques visam destruir infra-estruturas cruciais para o esforço de guerra de Moscovo e surgem em resposta aos ataques contínuos da Rússia ao território ucraniano, incluindo áreas residenciais e infra-estruturas energéticas.

Comemorações e realidade geopolítica

O “Dia da Vitória” em 9 de Maio é uma das maiores celebrações da Rússia, marcando a rendição da Alemanha nazi à União Soviética em 1945. Este dia tornou-se cada vez mais importante sob Putin, que afirma falsamente que a sua guerra na Ucrânia é “desnazificação”. Isso foi nos últimos anos Gama de hardware militar diminuindo à medida que os tanques russos são mobilizados nas linhas de frente da guerra.

A Europa celebra o seu Dia da Vitória um dia antes, marcando a rendição da Alemanha em todas as frentes.

Mudanças no contexto geopolítico

Esta é a terceira visita de Xi Jinping à Rússia desde que Putin começou a sua guerra, há mais de três anos, mas muita coisa mudou desde a sua última visita, há pouco mais de seis meses. China e EUA estão agora em um escalada da guerra comercial, o que poderá impactar significativamente ambas as economias. Pequim sente, portanto, a necessidade de reforçar as suas amizades – e laços comerciais – com outras nações, incluindo a Rússia.

Moscou, por outro lado, tem um sob Trump América abrangentemente mais simpática em comparação com o seu antecessor, mas manteve um olhar atento sobre o recente aquecimento das relações entre Washington e Kiev, já que o presidente dos EUA parece estar a perder a paciência com Putin.

“Existem agora... mais incentivos para que a China e a Rússia apresentem uma imagem sólida do seu alinhamento”, afirma Yun Sun, diretor do programa para a China no Stimson Center, em Washington.

Fortalecimento das relações bilaterais

Nesta viagem, Xi procurará garantir o acesso contínuo da China aos recursos naturais e aos mercados da Rússia, uma vez que o país enfrenta agora tarifas de 145% sobre a maioria das exportações para os EUA e impôs altas tarifas retaliatórias auto-impostas. “Dada a situação política nos EUA, a China precisa da Rússia em muitos aspectos – tanto no comércio como nos recursos energéticos”, explica Tamás Matura, investigador sénior do Centro de Análise de Política Europeia.

Mas analistas dizem que as mesmas disputas comerciais também poderão criar uma possível abertura para a China reparar os laços com a Europa, algo de que Xi estará ciente, dada a diplomacia que tem pela frente.

Em resumo, tanto Xi como Putin beneficiam de uma aliança forte, ao mesmo tempo que apoiam juntos a imagem de um quadro internacional estável e cooperativo.