Dominique Pelicot: Caso encerrado – 17 condenados em recurso de julgamento de estupro em massa

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Dominique Pelicot declara que o “caso está encerrado” enquanto 17 condenados pelo julgamento de estupro coletivo apelam. Uma olhada nas reações e no impacto da decisão.

Dominique Pelicot erklärt, dass der „Fall geschlossen“ ist, während 17 Verurteilte des Massenvergewaltigungsprozesses Berufung einlegen. Ein Blick auf die Reaktionen und die Auswirkungen des Urteils.
Dominique Pelicot declara que o “caso está encerrado” enquanto 17 condenados pelo julgamento de estupro coletivo apelam. Uma olhada nas reações e no impacto da decisão.

Dominique Pelicot: Caso encerrado – 17 condenados em recurso de julgamento de estupro em massa

Na França, dezessete homens que estão Julgamento de estupro em massa de Pelicot recorreram do veredicto, segundo promotores da cidade francesa de Avignon. Todos os 51 réus foram considerados culpados de estupro ou agressão sexual quando o julgamento terminou no início deste mês.

Revelações chocantes no julgamento Pelicot

Durante um período de quase 10 anos, Pelicot convidou mais de 50 homens para irem à sua casa, na aldeia de Mazan, no sul de França, para violarem a sua então esposa, Gisèle Pelicot, a quem drogava regularmente com um sedativo. O julgamento, que durou meses, chocou a França e os observadores internacionais, forçando o país a enfrentar uma cultura onde a misoginia profundamente enraizada e a agressão sexual sistemática são comuns.

Informações do Ministério Público e do advogado

Segunda-feira marca o último dia em que os 51 réus podem interpor recurso, disseram os promotores. Pelicot, que foi condenado a 20 anos de prisão – a pena máxima em França por violação agravada – não irá recorrer do veredicto, disse a sua advogada Béatrice Zavarro esta segunda-feira.

Na mídia francesa, Zavarro disse que seu cliente acreditava que um recurso "exporia Gisèle ao que ela corretamente descreveu como 'um teste'". Ela acrescentou: “Hoje ele considera necessário fechar a parte jurídica e determinar que este capítulo seja encerrado”.

Admissões e julgamentos

Quatorze dos co-réus de Pelicot, bem como o próprio Pelicot, se declararam culpados de estupro no julgamento. Outros negaram as acusações e alegaram que o consentimento do marido era suficiente. Um dos réus foi condenado por tentativa e agravamento de estupro da própria esposa após copiar os métodos de Pelicot.

As sentenças dos homens variaram de três a 15 anos, com muitos deles recebendo penas mais curtas do que as procuradas pelos promotores – incluindo alguns que foram libertados em liberdade condicional após o veredicto de 19 de dezembro.

Gisèle Pelicot: Um símbolo de coragem e solidariedade

Gisèle Pelicot foi elogiada pela sua coragem durante todo o julgamento. Ela abriu mão do anonimato para tornar o julgamento público, dizendo que esperava que isso ajudasse outras mulheres a se manifestarem e a mostrar a outras vítimas de violência sexual e estupro que não precisam ter vergonha.

No final do julgamento, ela expressou a sua solidariedade com outras sobreviventes de violência sexual fora do tribunal em Avignon: "Penso em todas as vítimas não reconhecidas, cujas histórias são muitas vezes escondidas. Quero que saibam que estamos a travar a mesma luta", disse ela.

Perguntas críticas no tribunal

No início do julgamento, Gisèle Pelicot questionou as ações dos seus estupradores. “Estupro é estupro”, disse ela no tribunal em novembro. "Se você entra em um quarto e vê um corpo imóvel, em que momento (você decide) não reagir... por que você não foi imediatamente denunciar à polícia?"

Este caso não é apenas uma história trágica de França, mas um apelo urgente à sociedade para abordar questões de consentimento, violência sexual e a necessária protecção das vítimas.