Críticas ao FPÖ: As elites da UE estão a interferir na protecção das crianças na Hungria!

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O secretário-geral do FPÖ, Hafenecker, critica a declaração da UE sobre a Hungria, defende os direitos das crianças e analisa as tensões sociais.

FPÖ-Generalsekretär Hafenecker kritisiert EU-Erklärung zu Ungarn, verteidigt Kinderrechte und wagt einen Blick auf die gesellschaftlichen Spannungen.
O secretário-geral do FPÖ, Hafenecker, critica a declaração da UE sobre a Hungria, defende os direitos das crianças e analisa as tensões sociais.

Críticas ao FPÖ: As elites da UE estão a interferir na protecção das crianças na Hungria!

O secretário-geral do FPÖ, Christian Hafenecker, condenou veementemente a assinatura de uma declaração por 17 estados membros da UE contra as mudanças legais na Hungria. De acordo com ots.at ele descreveu isso como “completamente interferência inadmissível nos assuntos internos de um Estado soberano”. Estas alterações legais visam melhorar a protecção das crianças e estabelecer a existência de dois géneros biológicos. Hafenecker enfatizou que o conteúdo da declaração pode ser interpretado como uma expressão de uma “ideologia arco-íris de esquerda”, que, na sua opinião, contradiz as normas sociais.

Enfatizou que as elites da UE e os partidos do sistema estão inextricavelmente desligados das necessidades da população. Ele expressou preocupações particulares sobre a sexualização precoce de crianças por drag queens e propaganda transgênero. Hafenecker observou que apenas 74 pessoas na Áustria definem o seu género como “diversificado”, “inter” ou “aberto” e criticou o ÖVP por apoiar esta declaração. É um sinal do seu “estado desgastado” o facto de ela ter assinado esta declaração.

Relevância jurídica e social das leis na Hungria

O parlamento húngaro já tinha aprovado uma lei controversa em 2021 que proíbe representações de homossexualidade e mudança de género nos meios de comunicação social para menores. Esta lei é vista como discriminatória e estigmatizante em relação às minorias, conforme explicado num relatório de verfassungsblog.de. Em 19 de novembro de 2024, a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e 16 Estados-Membros reuniram-se no Luxemburgo para apoiar um processo contra esta lei. Os especialistas descreveram esta etapa como um momento histórico no direito europeu.

A Hungria justifica a lei argumentando que os pais devem decidir quando os seus filhos são expostos a conteúdos LGBTIQ*, citando o “princípio da precaução”. Isto levou a debates intensos sobre o impacto do artigo 2.º do TUE e possíveis sanções para a Hungria. Os críticos argumentam que estas leis estão a ser utilizadas pelo primeiro-ministro Viktor Orbán para desviar a atenção dos adversários políticos em Bruxelas e criar uma distração dos problemas internos.

Direitos LGBTIQ na Europa

A proteção abrangente dos direitos LGBTI é muito importante na União Europeia (UE). youth.europa.eu destaca que a UE tem trabalhado na igualdade para as pessoas LGBTI há 25 anos. No entanto, as condições sociais e jurídicas para as pessoas LGBTI variam muito dentro dos Estados-Membros da UE. Em alguns países, as pessoas LGBTI continuam a enfrentar discriminação, assédio e violência, o que foi confirmado num inquérito de 2013 realizado pela Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA).

Os resultados deste inquérito mostram que muitas pessoas LGBTI têm relutância em falar publicamente, uma vez que 41% dos inquiridos não acreditam que denunciar casos de discriminação conduza a alguma coisa. A UE está atualmente a trabalhar numa nova estratégia para melhorar a situação das pessoas LGBTI e admite que não foi feito o suficiente no passado para combater a discriminação.

Em resumo, a discussão sobre os desenvolvimentos na Hungria não tem apenas implicações legais, mas também profundas implicações sociais que vão muito além das fronteiras nacionais. A UE enfrenta o desafio de proteger os direitos das pessoas LGBTI, tendo simultaneamente em conta os diferentes pontos de vista e leis dos Estados-Membros.