A Rússia rejeita a oferta de paz dos EUA – surgem novas exigências!
A Rússia rejeita as ofertas de paz dos EUA sobre a guerra na Ucrânia e faz novas exigências. Desenvolvimentos e análises em resumo.
A Rússia rejeita a oferta de paz dos EUA – surgem novas exigências!
Na actual disputa sobre o conflito na Ucrânia, a Rússia rejeitou mais uma vez a oferta dos EUA de pôr fim às hostilidades. De acordo com um relatório de oe24 Moscovo está a considerar seriamente as propostas dos Estados Unidos, mas a proposta de paz do Presidente Donald Trump é inaceitável para o governo russo. O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, enfatizou que os modelos e soluções atuais não podem ser totalmente aceitos na sua forma atual.
Segundo a Rússia, um problema central nas negociações é a insuficiente consideração das causas subjacentes do conflito. Esta opinião é também apoiada pelas recentes críticas de Trump às duas partes no conflito, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Numa entrevista à revista International Affairs, Trump expressou frustração com os combates em curso e a inacção sobre as causas do conflito.
Contexto histórico do conflito
Para compreender melhor a situação actual, é importante olhar para a história do conflito. A Guerra da Ucrânia tem as suas origens na anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e na subsequente guerra no Donbass. A anexação foi acompanhada por várias outras escaladas, incluindo a mobilização parcial das tropas russas em Setembro de 2022 e a ameaça de armas nucleares, bem como a proclamação da anexação de territórios ucranianos como Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson.
Volodymyr Zelensky, que apelou a uma cimeira com Putin desde a sua eleição em 2019, cancelou as conversações diretas por decreto em 4 de outubro de 2022. Desde 2014, o curso das negociações sobre o conflito tem estado fortemente dependente da evolução militar e do contexto político. As negociações anteriores de cessar-fogo foram realizadas em Donbass como parte do formato da Normandia, que envolveu Ucrânia, Rússia, França e Alemanha.
Negociações e situação militar
Os acordos de Minsk de 2015, que pretendiam estabelecer condições para um cessar-fogo e uma solução política, ainda não foram implementados. A Rússia nega o seu papel no conflito e vê-o como um problema interno, enquanto a Ucrânia se vê numa guerra interestatal que visa restaurar a sua integridade territorial.
A atmosfera de negociação deteriorou-se significativamente ao longo do tempo. Após o fracassado Comunicado de Istambul que estabeleceu as condições para um cessar-fogo, ambos os lados interromperam as negociações de cessar-fogo em Maio de 2022. Entretanto, um súbito alívio da situação continua a ser improvável enquanto a Rússia não desistir das suas ambições militares e a Ucrânia não mantiver a sua soberania.
A situação continua tensa e as futuras negociações dependem fortemente da situação militar e do contexto político. Os estados ocidentais estão agora mais envolvidos e apoiando militarmente a Ucrânia, o que traz complicações adicionais às já difíceis conversações. A paz só seria possível se todas as partes envolvidas conseguissem chegar a acordo sobre uma solução sustentável para as tensões políticas e militares.
Os desenvolvimentos nos próximos dias e semanas serão cruciais para identificar uma possível reviravolta no conflito e no processo de negociação. No entanto, depois de 14 mil pessoas terem sido mortas na guerra, a esperança de uma solução pacífica continua frágil.