Livro de Merkel: A cultura de boas-vindas está dividindo ainda mais a Alemanha?

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Angela Merkel posiciona a integração como responsabilidade da sociedade, vozes críticas sobre a política de migração.

Angela Merkel positioniert Integration als Bringschuld der Gesellschaft, kritische Stimmen zur Migrationspolitik.
Angela Merkel posiciona a integração como responsabilidade da sociedade, vozes críticas sobre a política de migração.

Livro de Merkel: A cultura de boas-vindas está dividindo ainda mais a Alemanha?

Angela Merkel, a antiga Chanceler, está mais uma vez a causar agitação com o seu anúncio resoluto! O lançamento do seu novo livro “Freedom” mostra que ela não se arrepende da decisão histórica de 2015 de deixar as fronteiras abertas aos refugiados. Uma posição ousada, especialmente tendo em conta as actuais tensões políticas e sociais na Alemanha. Ela exige que a maioria da sociedade assuma o peso da integração. A Alemanha deveria abrir-se culturalmente – uma ideia que não agrada a todos.

Olhando para trás, para o tempo desde a abertura pioneira das fronteiras, é claro que o entusiasmo inicial deu lugar a uma divisão profunda. A cultura acolhedora daquela época já é dificilmente reconhecível e a realidade mostra uma Alemanha dividida. As discussões sobre o crime e as tensões culturais ocupam agora o centro das atenções. A política de migração é vista de forma crítica e Merkel continua teimosa na sua opinião de que a responsabilidade cabe às sociedades receptoras – uma ideia que polariza.

Cuidado, alienação!

Uma conclusão preocupante: as estatísticas sobre a criminalidade revelam tendências que muitos encaram com preocupação. As atitudes anti-semitas e a radicalização islâmica entre os refugiados, em particular, levantam questões. E estes factos alarmantes estão a fazer com que as escolas e as comunidades judaicas se sintam cada vez mais desprotegidas. No entanto, Merkel insiste que estes desafios afectam a sociedade em geral e não os recém-chegados – um ponto de vista que alimenta ainda mais o debate.

A insistência de Merkel em transferir a responsabilidade para a sociedade foi alvo de fortes críticas. Muitos pedem uma visão mais equilibrada, que também enfatize a contribuição daqueles que chegam. Devem internalizar os valores da liberdade e da democracia. Mas Merkel permanece firme na sua posição. O seu foco, que ela também reiterou na apresentação do livro, na dívida da sociedade, negligencia a necessidade dos refugiados também se esforçarem para se integrarem e se envolverem na sociedade.