Israel aprova plano para conquista de Gaza e novo sistema de ajuda
Israel aprovou um plano de expansão militar em Gaza e um novo quadro de ajuda. Isto está a acontecer apesar das preocupações internacionais e das crises humanitárias. Leia mais sobre os desenvolvimentos.

Israel aprova plano para conquista de Gaza e novo sistema de ajuda
No domingo, o gabinete de segurança de Israel decidiu expandir as operações militares na Faixa de Gaza e aprovar um novo quadro de ajuda humanitária. Duas autoridades israelenses confirmaram que o plano previa a “conquista” da área.
Mobilização de reservistas
A votação ocorreu depois que os militares anunciaram Mobilizar dezenas de milhares de reservistas reforçar a capacidade de operações no território palestiniano sitiado. Um responsável israelita explicou que o novo plano para a guerra em Gaza envolve “tomar território e permanecer lá”.
Deslocamento da população palestina
O plano prevê empurrar a população palestiniana para o sul de Gaza enquanto se realizam “ataques poderosos” contra o Hamas. Mais de 2.400 palestinos morreram em Gaza desde meados de março, quando Israel lançou uma onda de ataques mortais. Segundo o Ministério da Saúde palestino, mais de 52 mil palestinos foram mortos desde o início da guerra.
Expansão planejada do conflito
A expansão dos combates será gradual para permitir a possibilidade de um cessar-fogo renovado e um acordo para libertar reféns antes da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à região, em meados de maio. Trump planeja visitas à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar na próxima semana; No entanto, atualmente não há planos de parar em Israel.
Novo quadro para a ajuda humanitária
O Gabinete também discutiu a retoma das entregas de ajuda a Gaza ao abrigo de um novo quadro já aprovado, mas ainda não implementado. O domínio israelense já existe há nove semanas Bloqueio de toda a ajuda humanitária nas tiras.
Disputas no gabinete
De acordo com uma reportagem da emissora pública israelense Kan 11, uma disputa eclodiu durante a reunião de domingo sobre a retomada das entregas de ajuda. Dois membros do gabinete da ultradireita, o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o Ministro dos Assentamentos Humanos, Orit Strook, manifestaram-se contra qualquer retomada da ajuda. O Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Tenente-General Eyal Zamir, no entanto, argumentou que Israel era obrigado a facilitar isso ao abrigo do direito internacional.
Críticas às medidas de ajuda
As reportagens da mídia israelense sobre as disputas dentro do gabinete “não estão erradas”, segundo uma fonte. Israel argumenta que a ajuda humanitária foi interrompida para pressionar o Hamas a libertar os reféns. As organizações internacionais, no entanto, afirmam que estas medidas violam o direito internacional e podem levar à fome provocada pelo homem. Alguns acusam Israel de usar a fome como arma de guerra, o que é um crime de guerra.
Mecanismo de entrega de ajuda
Autoridades dos EUA e de Israel estão atualmente em processo de para discutir um mecanismo para entregar ajuda a Gaza, que contorna o Hamas. Uma fonte oficial disse à CNN que um anúncio poderá ser feito nos próximos dias. O mecanismo planeado destina-se a garantir que a ajuda chega à população palestiniana sem ser desviada do Hamas ou da Jihad Islâmica.
Reações ao novo quadro de ajuda
Uma fundação privada não identificada administrará o mecanismo de ajuda e a entrega de suprimentos humanitários a Gaza, segundo um porta-voz do Departamento de Estado. Os Estados Unidos esperam que as Nações Unidas e as agências de ajuda internacionais trabalhem em conjunto no âmbito deste mecanismo para garantir que os suprimentos não acabem nas mãos do Hamas.
Grupos de ajuda que trabalham no território palestiniano ocupado rejeitaram no domingo o novo quadro de prestação de ajuda, dizendo que parecia "projetado para reforçar o controlo sobre bens essenciais" e não garantiria que a ajuda chegasse aos residentes mais vulneráveis de Gaza. “O secretário-geral da ONU e o coordenador humanitário deixaram claro que não participaremos em nenhum plano que não respeite os princípios humanitários globais de humanidade, imparcialidade, independência e neutralidade”, afirmaram os grupos numa declaração conjunta.