ÖGB exige tributação justa: os ricos têm de pagar mais!

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O ÖGB apela a uma tributação justa dos activos e das grandes empresas para consolidar os orçamentos e critica a distribuição desigual de encargos.

Der ÖGB fordert eine gerechte Besteuerung von Vermögen und großen Unternehmen zur Budgetkonsolidierung und kritisiert ungleiche Lastenverteilung.
O ÖGB apela a uma tributação justa dos activos e das grandes empresas para consolidar os orçamentos e critica a distribuição desigual de encargos.

ÖGB exige tributação justa: os ricos têm de pagar mais!

A Federação Austríaca de Sindicatos (ÖGB) anunciou que necessita de uma concepção mais justa de consolidação orçamental, a fim de contrariar a crescente injustiça que afecta cada vez mais trabalhadores e famílias. O foco está particularmente em grandes activos e empresas com lucros elevados que contribuem apenas de forma inadequada para o financiamento governamental. Angela Pfister, chefe do departamento económico da ÖGB, sublinha que sectores lucrativos como bancos e empresas de energia já estão a contribuir para a consolidação orçamental, mas muitas empresas que beneficiam de subsídios governamentais e vantagens fiscais dificilmente contribuem para a consolidação.

O imposto sobre as sociedades foi reduzido de 25% para 23%, o que significa que o estado perde cerca de 1,5 mil milhões de euros anualmente. Além disso, os cortes planeados nas despesas, especialmente nas pensões, não são vistos como uma solução. Os trabalhadores e as famílias são gravemente afetados por medidas como o cancelamento do bónus climático e os cortes nas pensões e nas prestações familiares. No entanto, existem fundos importantes no orçamento para a educação, o mercado de trabalho, o segundo ano obrigatório do jardim de infância, a igualdade e os investimentos orientados para o futuro.

Ajustes fiscais necessários

O ÖGB exige que grandes activos e lucros empresariais sejam utilizados para gerar rendimentos adicionais. Um inquérito mostra que mais de dois terços da população acredita que os ricos deveriam contribuir mais para a consolidação. Pfister critica as forças políticas que argumentam contra a tributação justa da riqueza elevada e enfatiza que modelos como os impostos sobre a riqueza ou as heranças revelam-se socialmente equilibrados na comparação internacional.

Como parte do programa governamental para 2025 a 2029, o governo planeia manter a taxa de imposto sobre as sociedades constante em 23%. A alíquota máxima do imposto de renda será estendida para 55% até 2029, enquanto o reajuste inflacionário da alíquota será parcialmente suspenso. A partir de 2025, será introduzido um prémio isento de impostos para colaboradores até 1.000 euros, que não está vinculado a convenção coletiva.

Debate sobre imposto sobre a riqueza

A discussão sobre a reintrodução de um imposto sobre a fortuna tornou-se mais intensa, especialmente depois de uma proposta do SPÖ. No entanto, novos estudos especializados alertam para as consequências negativas de tal imposto para a economia austríaca. Em particular, deve notar-se que um imposto puro sobre a riqueza, enquanto imposto sobre substâncias, não corresponde ao princípio da eficiência ou da equivalência. Além disso, a inclusão de ativos operacionais poderia levar a uma desvantagem competitiva para as empresas.

A imposição de um imposto sobre a riqueza também poderia causar encargos administrativos significativos, e as isenções e subsídios necessários poderiam reduzir potenciais receitas fiscais. Estima-se que a introdução de um imposto sobre a riqueza de mil milhões de euros poderia levar a uma queda de 0,65% no PIB e a uma queda de 0,24% no emprego a longo prazo.

A interacção destes factores mostra que tanto a política fiscal como a justiça social estão no centro do debate político na Áustria. Permanece a questão de saber como é que as necessidades fiscais do Estado e os interesses da população activa podem ser tidos em conta de forma equilibrada.