A nova Guerra Fria: A Europa está ameaçada por um conflito sem precedentes?
O Brigadeiro Berthold Sandtner analisa o impacto da guerra na Ucrânia na ordem de segurança global e no papel da NATO.
A nova Guerra Fria: A Europa está ameaçada por um conflito sem precedentes?
A guerra agressiva da Rússia contra a Ucrânia, que começou em 24 de Fevereiro de 2022, representa uma violação maciça do direito internacional moderno. É um ataque flagrante que viola a proibição da força prevista na Carta das Nações Unidas. zebis.eu explicado em detalhes. Apesar das justificações alegadamente citadas pelo Presidente Putin, parece que não houve nenhum ataque anterior da Ucrânia à Rússia, o que exclui qualquer alegação de legítima defesa. Em vez disso, este conflito é classificado como um acto aberto de agressão que desafia fundamentalmente a ordem de segurança global.
Numa conversa sobre a atual situação geopolítica, o Brigadeiro Berthold Sandtner afirma que a ordem mundial baseada no direito internacional está a perder importância. Tendo em conta o conflito na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas, poder-se-ia pensar que as Nações Unidas já não desempenham um papel marginal. Mas com a eclosão da guerra de agressão russa, a NATO foi fortalecida, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron cunhou o termo “morte cerebral” para a NATO. Sandtner destaca que os Estados-membros gastam agora 2,7 por cento do seu PIB na defesa, com a Finlândia e a Suécia a aderirem à NATO e a Polónia a investir mais do que os EUA, indicando um renascimento na aliança.
As novas estratégias de guerra
A guerra do século, tal como a estamos a viver, não ocorre apenas no campo de batalha, mas também é evidente na guerra cibernética e na manipulação de informação. Segundo Sandtner, as guerras híbridas e as guerras convencionais não são opostas; Ele alerta que as forças armadas austríacas estão atrasadas na guerra electrónica. É mencionada a necessidade de uma capacidade antiaérea robusta, uma vez que a Áustria dificilmente seria capaz de lidar com ela no caso de um ataque massivo. O que é significativo é que apenas Israel parece ser capaz de repelir ataques tão generalizados, enquanto os estados da UE continuam em grande risco.
Os desafios ao quadro jurídico internacional parecem óbvios, especialmente depois da recente ordem provisória do Tribunal Internacional de Justiça que exige que a Rússia cesse todas as acções hostis. No entanto, é provável que esta ordem continue a ser ignorada à medida que a comunidade global se reorienta face à agressão e ao declínio da importância do direito internacional. coroa.at determina. Torna-se claro que a discussão do direito penal internacional e a necessidade de processar crimes de guerra face à realidade cruel é vital para a manutenção do sistema jurídico internacional.