Cem Özdemir na merda: Debate sobre quebra de tabus e críticas à integração!
O debate sobre a coluna de Cem Özdemir: as críticas à tolerância da esquerda para com as queixas muçulmanas suscitam discussões.
Cem Özdemir na merda: Debate sobre quebra de tabus e críticas à integração!
Um novo discurso está a acender-se na Alemanha: um ministro federal abalou a cena política com um texto aberto. O foco está em Cem Özdemir, Ministro Federal da Agricultura, que aborda o delicado tema da integração e do comportamento dos jovens muçulmanos na Alemanha num artigo convidado para o “Frankfurter Allgemeine Zeitung”. Com observações pessoais e as experiências da sua filha, que muitas vezes se sente assediada em espaços públicos, Özdemir levanta um debate que anteriormente era tabu em muitos círculos.
As observações de Özdemir destacam o problema muitas vezes não mencionado: embora a imigração seja muitas vezes vista apenas da perspectiva do radicalismo de direita, o ministro aborda directamente os desafios colocados pelas estruturas patriarcais e pelo papel das mulheres nas culturas muçulmanas. De acordo com informações de www.focus.de Isto não só lhe rendeu severas críticas, mas também acusações de encorajar o debate sobre racismo e sexismo.
Opiniões polêmicas e debates acalorados
Cem Özdemir não é de forma alguma o primeiro político a falar abertamente sobre esta questão, mas a sua abordagem aberta foi vista como particularmente provocativa. Considerado como a “face da viragem étnica”, o texto de Özdemir suscita tanto aprovação como críticas duras. Os críticos acusam-no de fortalecer as narrativas de direita e de despertar medos entre os migrantes.
O seu apelo aos imigrantes para não só aprenderem a língua, mas também obedecerem à lei e conseguirem um emprego foi interpretado por muitos como retórica de direita. Num comentário no “taz” é acusado de se posicionar à extrema-direita.
As reações da sociedade
Curiosamente, o argumento de Özdemir também é recebido com incompreensão por pessoas que vêm de origem migrante. A estudante Ninve Ermagan, que relata experiências semelhantes, encontra rejeição no seu próprio ambiente cultural quando aborda queixas. Isto traz à luz uma certa hipocrisia – embora as transgressões nas relações de género sejam duramente condenadas, a tolerância é frequentemente demonstrada neste contexto.
O secretário-geral do SPD, Kevin Kühnert, também expressa publicamente suas experiências com a homofobia por parte de grupos de homens muçulmanos. A sua declaração é considerada profundamente sincera e aponta para a mudança que muitos políticos querem agora finalmente trazer para o seu discurso. Como Kühnert afirmou num debate: "É claro que a maioria dos muçulmanos no meu círculo eleitoral não são homofóbicos. Mas aqueles que o são estão a restringir a minha liberdade e não têm direito a isso."
Este intercâmbio aberto mostra que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir uma coexistência harmoniosa em que os problemas não sejam abafados, mas ativamente abordados. Dados os debates acalorados, resta saber se estas palavras podem apoiar mudanças a longo prazo.