Netanyahu sob pressão: protestos em massa contra o plano de Gaza em Israel!
O primeiro-ministro israelense, Netanyahu, é o foco das críticas internacionais antes de uma reunião da ONU sobre o conflito em Gaza, em 10 de agosto de 2025.

Netanyahu sob pressão: protestos em massa contra o plano de Gaza em Israel!
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enfrenta uma forte pressão política interna. Em meio a protestos massivos contra a planejada expansão das operações militares na Faixa de Gaza, ele anunciou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU que ocorreria no domingo. Dezenas de milhares de pessoas já se manifestaram em Israel e exigem negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns. Este protesto é liderado em particular por familiares dos reféns detidos na Faixa de Gaza, que se opõem aos planos militares.
Netanyahu anunciou uma conferência de imprensa para domingo às 15h30. CEST, que marcará a sua primeira aparição na mídia desde a aprovação de um plano para assumir o controle da cidade de Gaza. O objectivo da acção militar é derrotar o Hamas, mas os planos têm enfrentado duras críticas tanto em Israel como a nível internacional. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reagiu com alarme aos planos israelitas e vários estados, incluindo a Áustria e a Alemanha, expressaram críticas.
Protestos e resistência nas forças armadas
Os protestos de 9 de Agosto, que incluíram activistas pela paz, visaram directamente a decisão de Netanyahu de intensificar os combates na Faixa de Gaza. Esta decisão também encontrou resistência por parte da liderança militar israelita, que manifestou preocupação com a possibilidade de a situação humanitária se deteriorar ainda mais e colocar os reféns em perigo. Analistas estimam que a próxima operação para tomar a cidade de Gaza poderá durar semanas ou meses. Gaza, o maior centro populacional do norte da Faixa de Gaza, tem uma elevada densidade de palestinianos que sofrem os efeitos do conflito.
Numa situação política tensa, o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, critica Netanyahu e o gabinete de segurança pela sua estratégia, apelando à captura e colonização completa da Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, as famílias dos reféns pressionam por um acordo de cessar-fogo com o Hamas. Esta situação desesperada é complicada por interesses rivais entre a Autoridade Palestiniana sob Mahmoud Abbas e o Hamas, com Abbas a chamar o plano israelita de um “novo crime”.
Reações internacionais e exportações de armas
Nos últimos dias, o governo federal suspendeu parcialmente as exportações de armas para Israel. O Chanceler Friedrich Merz (CDU) explicou que esta medida era necessária para ter em conta os aspectos humanitários. No entanto, a CSU reage a esta decisão com fortes críticas e alerta para as consequências políticas de segurança de tal proibição de exportação. O membro do Bundestag, Stephan Pilsinger, e o especialista em política externa Stephan Mayer enfatizam que a segurança de Israel não deve ser enfraquecida na situação actual.
Com um aumento explosivo das tensões no Médio Oriente, resta saber como a comunidade internacional e, em particular, os intervenientes envolvidos reagirão aos desenvolvimentos dramáticos. Com Netanyahu sob pressão, a iminente ofensiva militar em Gaza poderá ter implicações cruciais tanto para a segurança regional como para o futuro do seu governo.