Humor de crise em Beirute: brasileiro pego entre bombas e medo

Humor de crise em Beirute: brasileiro pego entre bombas e medo

A situação no Líbano é dramática e alarmante. Cláudia Chater, advogada de 60 anos do Brasil, estava em Beirute quando as tensões entre Israel e a milícia xiita Hisbollah atingiram um clímax perigoso no dia 17 deste mês. Ela voltou a visitar sua família, que não via há sete anos. Mas o que foi planejado como um retorno alegre rapidamente se transformou em um pesadelo quando as explosões na cidade aumentaram. O bombardeio aumentou e a bomba, a Hasan Nasrallah, a líder do Hisbollah, matou apenas alguns dias após sua chegada como um choque ruim.

Cláudia, que vive no Brasil, estava otimista de que a violência no sul do país permaneceria concentrada, longe de seu destino em Aaoukar, um subúrbio de Beirute. Mas ela notou que as bombas se aproximaram do que pensava. "Vemos a fumaça e ouvimos as bombas. É assustador", disse ela a Estadão.

O retorno é incerto

Com a crescente incerteza, Cláudia sinaliza a pergunta: como faço para chegar em casa? Sua viagem de volta, planejada para 29 de outubro, foi contestada pelo bombardeio, e o aeroporto, uma vez portão para a liberdade, estava em risco. Embora a embaixada brasileira em Beirute tenha agido para encontrar possíveis caminhos de partida, a situação atual permaneceu tudo menos promissor. Cláudia até considerou seguir o caminho do Mediterrâneo para a Grécia, uma idéia que parecia arriscada e desafiadora, tendo em vista as circunstâncias.

Na segunda -feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo brasileiro organizaria um voo de volta para ajudar os brasileiros necessitados. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 20.000 brasileiros vivem no Líbano e muitos estão em uma situação precária, sem saber quando ou como podem sair.

A situação tensa de segurança no aeroporto e a falta de voos fizeram a situação para Cláudia e as outras pessoas que estavam em um local semelhante. Finalmente, ela disse: "Parece que não podemos sair sozinhos".

As experiências de outro brasileiro

Fátima Cheaitou, também uma ascendência brasileira libanesa, parece ter sofrido um destino semelhante. O jogador de 26 anos está no Líbano desde julho e se viu na situação perigosa, quando Israel anunciou um bombardeio da mesma região em 23 de outubro. A família só recebeu 15 minutos para deixar suas acomodações e experimentou como as explosões mudaram a área circundante.

"Foi aterrorizante. Sabíamos que nossos vizinhos haviam sido atingidos", relatou Fátima, que é conhecido como influenciador com 70.000 seguidores no Instagram e documentou sua retirada para garantir Beirute. A realidade do bombardeio estava constantemente presente.

A fuga para Beirute foi uma façanha, o vigor e a determinação foram necessários para navegar pelo caos. Fátima explicou que não tinha como entrar em contato com sua família através da conexão telefônica fortemente prejudicada, que também intensificou a incerteza. O caminho durou dez horas em vez dos dois usuais e, repetidamente, eles ouviram as explosões em segundo plano.

Fugiu para o leste, Fátima esperava retornar a Paris, onde estudou seu mestrado em artes visuais. Ela conseguiu deixar Nasrallah em 27 de outubro logo após o ataque fatal a Nasrallah. Mas o estresse psicológico permanece, já que as preocupações com seus parentes, que ficaram no Líbano, estão sempre presentes.

"É frustrante não saber o que acontece com minha família. Não há mais local seguro. A destruição não tem fim e não posso desligar meus olhos", disse Fátima.

As experiências de Cláudia e Fátima ilustram a situação precária daqueles que estão em uma zona de guerra e seu retorno a uma vida segura no país de origem nas estrelas. As explosões e a incerteza constante moldam seus pensamentos futuros orientados para a Orientada e transformam a aventura não planejada em um pesadelo.

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