Trump e Putin: Cimeira sem resultados vinculativos em Anchorage!
Reunião de cimeira entre Trump e Putin em 16 de agosto de 2025 em Anchorage: Nenhum acordo alcançado, mas negociações classificadas como “produtivas”.

Trump e Putin: Cimeira sem resultados vinculativos em Anchorage!
Em 16 de agosto de 2025, uma cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, ocorreu em Anchorage. Apesar das conversações, não foram alcançados acordos vinculativos ou cessar-fogo, e a conferência de imprensa após a reunião foi marcada por perguntas que ficaram sem resposta por parte de Trump. No entanto, o presidente descreveu as conversações como “produtivas” e enfatizou que “agora cabe realmente ao presidente Zelensky”. Esta declaração deixa claro que a responsabilidade por novos progressos no conflito na Ucrânia está a ser transferida de Trump para o presidente ucraniano.
Trump elogiou Putin, apesar das suas declarações críticas anteriores, e classificou a reunião como “dez em dez”. As suas declarações sugerem que muitas questões foram abordadas, embora algumas permaneçam pendentes. O que foi surpreendente foi o gesto simbólico com que Putin recebeu uma carta de Melania Trump que apontava a situação das crianças na Ucrânia e na Rússia. Durante a reunião, Trump sublinhou que “não há acordo até que haja um acordo”, sinalizando a incerteza contínua sobre o futuro das negociações.
Reações da mídia e relações Trump-Putin
A mídia expressou insatisfação com o comportamento de Trump durante a conferência de imprensa, já que não foram levantados pontos claros sobre o cessar-fogo ou tarifas. Ainda assim, Putin planeia usar a reunião como ponto de partida para a resolução do conflito na Ucrânia e está aberto a outra reunião, possivelmente em Moscovo, que Trump não rejeitou. Espera-se que novas conversações com os aliados da OTAN e o Presidente Zelensky tenham lugar num futuro próximo.
Noutro contexto, Trump apresenta um forte desempenho nas sondagens, especialmente no Centro-Oeste, enquanto a sua rival Kamala Harris luta para se separar dele. De acordo com pesquisas recentes, Trump tem quase 70% (68,4%) de chance de vencer as eleições de 2024. Harris obtém apenas 30,9%. Trump precisava de apenas 46 mil votos para ser reeleito nas eleições de 2020, depois que Joe Biden venceu por uma estreita margem de 80 mil votos na Pensilvânia. Portanto, os desafios da campanha de Harris-Walz estão no centro de um espaço político lotado.
Trump e o voto afro-americano
O reconhecimento do apoio de Trump na comunidade afro-americana também foi discutido. Numa celebração do Mês da História Negra na Casa Branca, Trump enfatizou o papel dos negros americanos na história e criticou as abordagens políticas anteriores que reduziram a história a 1619. No evento, que incluiu convidados famosos como o jogador de golfe Tiger Woods e o senador Tim Scott, Trump reconheceu gerações de modelos afro-americanos e enfatizou que "uma das grandes razões pelas quais sou presidente é por causa das vozes dos negros americanos". De acordo com AP VoteCast, Trump recebeu cerca de 20 por cento dos votos dos negros americanos nas eleições de 2024, marcando a maior percentagem para um candidato presidencial republicano desde Gerald Ford.
Esta análise do trabalho político de Trump e dos seus actuais números de sondagens ilustra a complexidade do cenário político nos EUA. À medida que continua a pressionar por uma resolução para o conflito na Ucrânia, a sua influência no eleitorado continua a ser notável, especialmente dada a sua posição dentro da comunidade afro-americana.