Crise judicial em MV: Falta de advogados ameaça o Estado de Direito!
Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental enfrenta uma escassez de advogados. As discussões sobre um exame de direito em Rostock estão ganhando força.
Crise judicial em MV: Falta de advogados ameaça o Estado de Direito!
O sistema judicial em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental enfrenta um sério desafio que poderá agravar-se nos próximos anos. A escassez de advogados é um problema urgente que põe em perigo não só o funcionamento do poder judicial, mas também os direitos dos cidadãos. Em particular, as próximas reformas de cerca de 282 juízes e cerca de 600 advogados na próxima década levantam questões sobre o futuro dos cuidados jurídicos para a população.
Isto significa que, num futuro próximo, os residentes de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental poderão enfrentar cada vez mais o problema de não terem representação legal ou de longos períodos de espera pelas datas dos tribunais. Este dilema já atraiu a atenção de vários atores políticos, que exigem uma resposta mais rápida e eficaz à situação.
Reações políticas e medidas planejadas
Constanze Oehlrich, dos Verdes, expressou duras críticas ao Ministério da Justiça e queixou-se de que a crescente escassez de advogados não foi respondida em tempo hábil. Na sua opinião, este problema não é uma ocorrência repentina, mas sim um desenvolvimento que foi evidente há anos atrás. Na sua opinião, a mudança demográfica, que também é perceptível no judiciário, é algo que deveria ter sido levado em conta ao longo dos anos.
Uma proposta que continua surgindo nas discussões políticas é a reabertura da faculdade de Direito da Universidade de Rostock. Atualmente, só podem ser realizados cursos na área de boa governança, mas estes não permitem que os alunos realizem o exame estadual. Dirk Stamer, do SPD, destaca que a decisão da época de concentrar a formação jurídica em Greifswald foi tomada devido à situação financeira. Ele vê a necessidade de utilizar estruturas eficientes para adaptar a formação antes da criação de novas faculdades.
Stamer enfatiza que a existente Universidade de Greifswald deve ser capaz de produzir mais graduados, o que é um requisito essencial para resolver a futura escassez de pessoal no judiciário. Além disso, é importante tornar o estágio jurídico mais atrativo para que os egressos permaneçam no estado.
Alunos demonstram interesse em estudar Direito em Rostock
Apesar destes desafios, há sinais de esperança. Jörg Benedict, reitor da Faculdade de Direito de Rostock, está otimista. Ele acredita que com um esforço mínimo, o curso de boa governação poderia ser expandido para permitir que os formandos fizessem o exame estadual. Na sua opinião, os primeiros candidatos poderão estar preparados para o exame dentro de dois anos.
Para concretizar isto, no entanto, são necessários novos recursos financeiros para criar cátedras para assuntos jurídicos. Bento XVI estima os custos anuais em cerca de dois milhões de euros. No entanto, ele vê este investimento como crucial: “O dinheiro que teria de ser investido nisto seria bem investido no Estado de direito”.
No entanto, a situação actual do sistema judiciário é tudo menos animadora. As candidaturas estão a acumular-se e a carga sobre advogados e juízes continua a aumentar. O resultado não são apenas atrasos nos procedimentos legais, mas também o risco de representação legal inadequada dos cidadãos. Um advogado descreve, portanto, a situação como uma “catástrofe”.
O tempo está acabando. A necessidade de advogados qualificados é clara e, sem medidas adequadas, a situação em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental poderá piorar dramaticamente. Numa altura em que o Estado de direito precisa de ser consolidado, resta saber se os poderes legislativo e executivo conseguirão enfrentar o desafio a tempo. Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas em um relatório detalhado em www.ndr.de.